Retrospectiva 2011 BA X VI: Parte 2

O Bahia começou o ano e logo no primeiro semestre decepcionou seu torcedor. A expectativa de voltar a ganhar um título após 10 anos e lutar pela hegemonia do futebol baiano perdida a mais de duas décadas era grande, afinal de contas, tinha voltado à elite do futebol Brasileiro após longo período entre as série B e C, ao mesmo tempo em que seu maior adversário caia para a segundona, invertendo o status entre os rivais.

Já na primeira fase do fraco campeonato baiano as primeiras decepções, com derrotas para o Camaçari, Vitória, Fluminense e Serrano, e por muito pouco conseguiu se classificar entre os 4 dos 6 clubes do grupo para a fase seguinte (a vitória pelo placar mínimo na última rodada da fase evitou que o tricolor disputasse o rebaixamento do estadual).

Na segunda fase mais sufoco, e novamente precisou da vitória na última partida para avançar no torneio com a segunda vaga do grupo, antecipando o clássico para as semifinais do campeonato. E mais uma vez, como a maioria dos últimos torneios estaduais, foi eliminado pelo maior rival, se despedindo antecipadamente do Baianão.

Pela Copa do Brasil após avançar nas fase iniciais contra times inferiores tecnicamente (São Domingos e Paysandu), o tricolor foi eliminado vergonhosamente ao perder por 5 a 0 do Atlético PR, time que viria a ser rebaixado no Campeonato Brasileiro.

Começa então a série A onde e a torcida que há muito não assistia jogos de primeira linha incentivava como se o time disputasse o título. No entanto o que se viu foi uma luta incessante para não freqüentar a zona de rebaixamento. Ao longo das 38 rodadas o clube alcançou no máximo a 12ª colocação, e mesmo assim só consegui tal “destaque” na primeira rodada por ter marcado um gol na derrota contra o América MG.

De fato o time se mostrou regular em seu desempenho, passando 34 das 38 rodadas entre o 14º e 18º lugar, porém conseguindo no final, além de escapar do rebaixamento, uma vaga para disputar a Sulamericana em 2012.

A satisfação e comemoração da torcida por tais resultados impressiona, principalmente após longos anos criticando o rival em não ter um time forte o suficiente para disputar o título, mesmo nas vezes em que ele figurava em posições de destaque, entre os 5 primeiros da competição. Alias críticas não faltavam a competição sulamericana quando era disputada pelo rival, que no entanto parece ter ficado interessante de uma hora para outra. Imagino quando (na verdade se) o Bahia voltar a ganhar o campeonato estadual, que hoje é completamente desprezado pelo seus torcedores. De repente vai se tornar o maior torneio do mundo. É o que chamam de “demanda reprimida”, e por não ter o que comemorar durante tanto tempo, qualquer perspectiva de alegria vira festa de arromba, por mais que tenham criticado de forma veemente tais “conquistas” dos outros em tempos passados.

Talvez a alegria exagerada tenha sido pelo time ter escapado do rebaixamento antes da última rodada. Ou quem sabe pelo fato do clube ter sido melhor que Portuguesa, Guarani, Santa Cruz, América RN, Santo André, Brasiliense e Ipatinga, times que voltaram para a Segundona no mesmo ano que subiu. Na verdade o fato de não ter visto o rival comemorar nada, pelo menos no futebol profissional, seja o fator principal da felicidade, comportamento não exclusivo da torcida tricolor, que mais uma vez retrata o péssimo momento do futebol. O torcedor baiano está se acostumando em comemorar e se contentar com muito pouco!

Nas divisões de base regularidade total e um recorde absoluto. Após uma belíssima campanha na Copa São Paulo de Jr quando conseguiu finalizar como vice campeão do importante torneio, deu seqüência nos torneios estaduais e finalizou como vice no Júnior, Juvenil, Infantil e Fraldinhas, sempre vendo seu maior rival levar a taça pro Barradão. Nos outros torneios nacionais (sub 15 e sub 20), apresentações discretas, sequer passando da fase inicial.

Victor Hugo

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