Depois de quase uma década de vexames, em 2008, após naufrágio na serie B, tivemos uma grande esperança: Eleições no Bahia! Mais que isso, tínhamos uma oposição firme e unida que pacificava um nome para colocar o Tricolor de Aço nos trilhos: Reub Celestino. Com o mérito de ter saneado a EBAL-Empresa Baiana de Alimentos, entregue falida e cheia de dívidas pelo Governo Anterior, Reub parecia (e ainda me parece) o nome ideal para reerguer o Bahia nascido para vencer.
Com a declaração de Petrônio Barradas e Ruy Accioly de que se afastariam administrativamente do Clube ficando apenas como torcedor, ficou a esperança de termos, enfim, uma pessoa comprometida com gestão eficiente e a transparência. Mas eis que surge, no último minuto, duas boas almas – Jackson Picanço e Wellington Cerqueira- e lançam Marcelo Guimarães Filho para presidir o Esquadrão. Foi como um balde de água fria!!!!Pensei de coração, em “lavar as mãos’, “jogar a toalha” e desistir do Bahia. Mas qualquer torcedor sabe que isso é demasiadamente difícil. Não tem como! Não dá pra saber que o Bahia está jogando e não querer ligar o rádio ou a TV.
Depois de algumas entrevistas do novo candidato e do plano de gestão apresentado me pareceu que ele poderia ser “o cara”. Alguns colegas tricolores me diziam: “Ele é jovem, tem outras idéias, não vai querer se desgastar porque é deputado e vai levantar o time”. Comecei a acreditar. Quando ele resolveu dar espaço, ouvir e se aproximar da oposição, aí acreditei de vez. Achei que o Bahia teria uma gestão democrática e participativa. Mera ILUSÃO.
A principal promessa de campanha – Eleições diretas para a Presidência e Conselho NÃO se cumpriu até hoje!!! A proposta apresentada NÃO representa os anseios da torcida, pois coloca eleições INDIRETAS, com um filtro do Conselho do Clube. O principal objetivo da Gestão – ascender à série A – não se cumprirá; pior, estamos lutando desesperadamente pra não cair!!!!!
Ele poderia, como primeiro ato de sua Gestão, ter convocado assembléia para deliberar sobre mudanças nos estatutos e eleições diretas. Assim, com certeza, ele teria o apoio e credibilidade dos torcedores, mesmo que os resultados em campo fossem o mesmo de agora. Ele poderia ter chegado com humildade e ter prometido reerguer o Bahia em 02, 03 anos, já que pegou um clube quebrado financeiramente e sem credibilidade na praça. Ele poderia ter colocado a transparência como balizador de sua gestão (cadê as contas do 2º trimestre????), mas ele não fez nada disso. Chegou prometendo mundos e fundos, fez até aposta confiando na ascensão do Bahia (vai ter que cumprir, viu?) e vai terminar seu (desastroso) primeiro ano de gestão melancolicamente, sem nenhuma credibilidade perante a torcida, condenado a perder também seu mandato no próximo ano.
Marcelo Guimarães Filho teve tudo pra ser lembrado positivamente como “o cara” do Bahia, mas por opção, omissão ou incompetência mesmo, já está condenado a ser apenas “mais um” e pior, “mais um” em quem não podemos acreditar!!!!