Quando o juiz apitou o final daquela batalha em Porto Alegre, pulei sofá da casa de minha avó e meu tio Camarão me abraçou no ar. A gente gritava, chorava, cantava, se abraçava e meu tio Bé colocou o LP do Hino dos Campeões, na faixa do Bahia. A imagem de Ronaldo caindo de joelhos era emblemática. Paulo Rodrigues e Paulo Robson com curativos no rosto, Bobô correndo sem destino e rindo feito criança.
Até o Galvão Bueno estava emocionado, pois todos esperavam o triunfo do Inter de Taffarel e do artilheiro Nilson. Lembro da emoção de Ricardo Chaves cantando lá do RS. Da virada histórica em cima do Flu onde assisti no ombro de um desconhecido, com meus 10 anos e uns 40kg, porque tinha me perdido de meu pai.
Era um momento histórico, a gente sabia, mas não tinha dimensão do quanto. Era a conquista da Segunda Estrela, que hoje meu filho canta dizendo “88 TAMBÉM”. De lá pra cá muita coisa mudou. Exceto o amor de uma Torcida que colocou mais de 110 mil, em 1988, mas que mesmo na ruína da série C, mostrou ao Brasil seu apoio ao time que ama, com a maior média de público das 4 divisões.
Que esse amor dessa Torcida possa comemorar novos 19/02/1989, daqui pra frente. Mas que jamais se esqueça da força desses heroi que foram campeões nacionais com salários atrasados, mas que tinham uma certeza em seus corações: O BAHIA É GIGANTE!
FELIZ 19 DE FEVEREIRO DE 1989, NAÇÃO TRICOLOR. E #BBMP!