Diego Dabove será o quarto técnico argentino da história do Bahia

Diego Dabove será o quarto técnico argentino da história do Bahia

Diego Dabove será o oitavo técnico estrangeiro na história do Esporte Clube Bahia

Diego Dabove será o quarto técnico argentino da história do Bahia

O Esporte Clube Bahia pegou todos de surpresa ao anunciar nesta quarta-feira a contratação do técnico Diego Dabove, argentino de 48 anos, que assinou contrato até o final de 2022 e chega ao Esquadrão com os auxiliares Guillermo Formica e Walter Ribonetto, além do preparador físico Agustín Buscaglia. O novo treinador do Tricolor iniciou a carreira em 2018, no Godoy Cruz, levando o modesto time ao 2º lugar do Campeonato Argentino de 2019, classificando para a Libertadores. Ainda em 2019, acertou com o Argentino Juniors, e colocou o clube novamente na principal competição da América, depois de nove temporadas. Em 2021, assumiu o San Lorenzo de Almagro, onde ficou até maio e sem conseguir ter o mesmo sucesso. Em 20 jogos, somou 7 vitórias, 6 empates e 7 derrotas.

 

Diego Dabove será o quarto argentino a comandar o Bahia e oitavo técnico estrangeiro da história do clube, de forma efetiva. Se considerarmos o português Bruno Lopes, então, ele será o nono. O primeiro técnico gringo do Esquadrão foi o argentino Dante Bianchi, que teve duas passagens pelo clube, sendo a primeira entre 1947 e 1950 e a segunda entre os anos de 1955 e 1956. Bianchi comandou o Bahia em 190 jogos, com 111 vitórias. Ele conquistou cinco vezes o Campeonato Baiano, além do Torneio dos Campeões do Nordeste de 1948.

Dante Bianchi era apaixonado pelo Nordeste e iniciou a carreira de treinador no Bahia, passando ainda por Vitória, América-PE, Santa Cruz, Sport, Náutico, Fortaleza, Ceará, Central, Treze, ABC e América de Natal, entre outros. Ele faleceu aos 78 anos no dia 13 de março de 1988, ano em que o Bahia foi bicampeão brasileiro.

O segundo argentino a comandar o Bahia foi Carlos Volante, natural de Lanús, que sagrou-se campeão na sua primeira partida pelo Tricolor. Um fato curioso da campanha do Bahia nesta Taça Brasil é que Efigênio Bahiense, o Geninho, foi o treinador durante toda a competição e após a derrota na Fonte Nova, por 2 x 0, o treinador que conduziu o time na final, no Maracanã, foi o argentino Carlos Volante.

Ele assumiu o time na terceira e decisiva partida da final da Taça Brasil de 1959, contra o Santos. O Esquadrão venceu por 3 a 1 no Maracanã e conquistou o primeiro título brasileiro da história. O argentino treinou o Bahia durante o ano de 1960. Ao todo, foram 94 partidas no comando do tricolor baiano, com 53 triunfos, 14 empates e 27 derrotas. Além do Brasileiro de 1959, foi bicampeão baiano em 1960 e 1961.

Carlos Volante, que também treinou o Vitória sendo bicampeão baiano (52/55), morreu no dia 9 de outubro de 1987, aos 76 anos. A posição de volante no futebol brasileiro foi assim batizada em homenagem a Carlos Volante, que foi jogador antes de se tornar treinador. Volante foi o único treinador estrangeiro a ter conquistado o título de campeão brasileiro até Jorge Jesus em 2019.

O argentino Armando Renganeschi foi o último técnico gringo a passar pelo Bahia, no ano de 1979. Ele comandou o time durante a campanha do Campeonato Brasileiro de 1979, mas não deixou saudades por aqui. Foram 11 partidas, com três triunfos, um empate e sete derrotas, além de uma eliminação precoce no torneio que terminaria com o título do Internacional. Faleceu no dia 12 de outubro de 1983, em Campinas. Além dos três argentinos citados, que já passaram pelo Bahia, tivemos também um uruguaio, um chileno, um paraguaio e um húngaro.

O uruguaio Ricardo Díez comandou o Bahia em 23 jogos, conquistando dez triunfos, oito empates e cinco derrotas. Fez parte da campanha do título baiano de 1954, mas saiu antes do término da competição. Ele fixou residência no Brasil, em Belo Horizonte, Minas Gerais, vindo a falecer em 1971. Já o chileno Juan Herrera teve uma passagem rápida pelo Bahia no ano de 1969 até a chegada de Fleitas Solich. Foram apenas três jogos a frente do Tricolor da Boa Terra.

O paraguaio Manuel Agustín Fleitas Solich comandou o Bahia entre 1969 e 1972, sendo campeão baiano em 70 e 71, década em que o Esquadrão dominou conquistando o heptacampeonato baiano (1973 a 1979). É o segundo treinador estrangeiro com mais jogos à frente do Esquadrão: 114 partidas, com 62 triunfos, 29 empates e 23 derrotas. Ele morreu aos 84 anos residindo no Rio de Janeiro. Além do Bahia, treinou Flamengo, Corinthians, Fluminense, Palmeiras e Atlético-MG em território brasileiro.

O húngaro Janus Tatray é o único europeu da lista. Ele teve uma passagem rápida pelo Bahia no ano de 1967. Comandou a equipe em apenas 15 jogos durante o Campeonato Baiano, ficando com o título. Ele também passou por Treze e Campinense nas décadas de 1950 e 1960, sendo campeão estadual pelo Campinense em 1966 de maneira invicta. Também foi bicampeão cearense com o Ceará. Ele faleceu aos 89 anos morando na Paraíba.

 

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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