Diante do cenário de velório que a torcida do Bahia tem vivido nessas últimas rodadas, vemos especulações em torno de Rodrigo Nestor, jogador reserva e lesionado do São Paulo, e do Léo Pelé, que nem sequer joga no Vasco da Gama, um lateral que virou zagueiro e que não agrada nem na posição originária, quanto mais na improvisada.
Enquanto o torcedor sonha com Anderson Talisca e Cia, é isso que nos aparece, e pelo apurado, com indicação de Rogério Ceni, que aos meus olhos, quer ajudar o clube que ele realmente ama, afinal 50 milhões de reais por um jogador de composição de grupo como Nestor, não me cheira nada bem.
Estamos em todo o ano de 2024 sem um artilheiro nato, com um time “Frankenstein”, todo remendado, com jogadores improvisados em todas as áreas do time, sem entregar o melhor que podem e a sugestão de contratação que aparece são esses “grandes jogadores”?
Para quem tem a dita expertise e compõe o melhor conglomerado de esportes do mundo, não me parece satisfatório saber que após a contratação de jogadores como Vinicius Mingotti, Arthur Sales, lembrem-se, Cicinho, David Duarte, Marcos Felipe, Carlos De Pena, Yago Felipe, Everaldo, se achou mesmo que íamos dar um salto de qualidade e disputar de igual para igual com os clubes de ponta?
Sequer tivemos a capacidade de ganhar títulos regionais em 2024 e pelo visto nem iremos para a Libertadores, que se ofereceu o campeonato inteiro para nós. Vamos nos “contentar” com a Sul-Americana (se chegar, pelo andar da carruagem, nem nisso confio mais), a segunda divisão da Copa Libertadores, e aos olhos do Grupo City está tudo bem.
Olho pra um time que ao chegar aos 46 pontos, se deu férias, vejo um treinador que é um deserto de ideias, que usa jogadores repetidamente à exaustão sem trocá-los mesmo estando mal, que sabota a competitividade do elenco, que pretere os reservas mesmo com os titulares não entregando nada em campo, que inventa posições para jogadores que jogam em outra ficar improvisados ao invés de trazer jogadores especialistas de cada posição, que não ousa usar as joias da base para trazer um fato novo ao time, que se contenta em tocar repetidamente a bola em frente a área do adversário sem ser efetivo, que não tem um homem gol no elenco, dentre outros milhares de motivos que poderiam ser ressaltados aqui nesse espaço.
A verdade é que temos um jogo contra o Palmeiras e que a torcida pouco espera, que o time não mais entrega ao torcedor sequer esperanças de algo melhor. Nos últimos 11 jogos, temos uma campanha de rebaixado, perdendo para qualquer time desfalcado, com jogadores suspensos, de menor investimento ou que estava a “N” jogos sem vencer, é só enfrentar o Bahia que os problemas acabam.
Voltamos a ser os “três pontos garantidos do adversário”, como era antigamente. Qualquer gato ou cachorro leva nossos pontos, perdemos a identidade, o brio. Hoje vemos um time conformado com a derrota, acostumado com o fracasso, que decepciona a torcida rodada a rodada e o pior, sem perspectivas que isso vá melhora até o fim do Brasileirão.
Gastar 50 milhões para trazer um atleta para compor elenco é a continuidade da incompetência, quando vemos que as carências do elenco não são essas. Precisamos de jogadores decisivos, que estejam acostumados e que se cobrem, com espírito de vencedor, não de amigos do REI.
Só à espera dos próximos capítulos.
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Baiano.