O Esporte Clube Bahia investiu mais de R$ 120 milhões na montagem do elenco para a temporada 2024, tendo contratado o reforço mais caro da história do futebol nordestino, o atacante Lucho Rodríguez, que custou R$ 65 milhões, e outros jogadores cobiçados por vários clubes como Caio Alexandre, Jean Lucas e Everton Ribeiro. Porém, o ano pode terminar de forma melancólica, caso o time não conquiste o seu principal objetivo.
Depois da perda do título estadual para o Vitória e da eliminação na semifinal da Copa do Nordeste para o CRB, o Bahia entrou no Brasileirão com a expectativa de conquistar a vaga para a Libertadores, algo que parecia muito possível pelo aproveitamento no primeiro turno. No entanto, com a queda de rendimento no returno, o sonho de classificação para o principal torneio do continente tem se tornado um verdadeiro pesadelo.
Em setembro, quando o Bahia já estava em queda livre e recebendo muitas críticas, o técnico Rogério Ceni ainda fez pouco caso dizendo: “Acho legal cobranças e tudo, mas me parece que o Bahia jogou todos os últimos 20 anos no G-4”. Até parece que nesses últimos anos o clube teve o mesmo investimento de agora.
Após a declaração, o Bahia não apenas se distanciou do G-4, como saiu do G-6, sendo impossível alcançar, e agora disputa apenas o 7º lugar. Hoje, com o título do Flamengo, o G-6 virou G-7, mas o time de Rogério Ceni caiu para a 8ª colocação, e nesse momento não estaria classificado para a Pré-Libertadores.
As chances podem aumentar caso o Botafogo seja campeão da Libertadores e o Cruzeiro da Sul-Americana, transformando o G-7 em G-9. Ou seja, o Bahia depende dos outros para conseguir a tão sonhada vaga na Libertadores. E mesmo com G-8 ou G-9, ainda fica uma desconfiança se o time conseguirá se recuperar nessa reta final, vindo de cinco jogos sem vencer.
O narrador Jorge Igor falou sobre a má fase do Bahia e frisou que é natural a torcida esperar algo grandioso diante do alto investimento em reforços feito pelo poderoso Grupo City. O sarrafo aumentou, e hoje, uma classificação para a Sul-Americana (não desprezando o torneio), seria uma frustração para o torcedor do Bahia, que já perdeu a paciência e tem todo direito de estar frustrado.
“O Bahia achou o quê? Ele ia ganhar a Champions League? Porque chegou o Grupo City que ele ia ser campeão da Libertadores esse ano? Não, ninguém achou isso. Mas é natural. Passa a fazer parte de um grupo econômico poderoso. A partir do momento que você faz as maiores contratações da sua história, monta um dos melhores elencos da vida, você tá esperando coisa grande no ano”, iniciou Jorge Igor.
“Não veio título baiano, nem isso veio. Perdeu para o rival. Não veio título de Copa do Nordeste. Não vai vir título brasileiro. Até o Rogério Ceni fala, que talvez no primeiro turno a expectativa tenha ficado alta demais por um desempenho até acima do que se planejava. O Bahia brigou pela liderança, tava ali no primeiro turno numa briga de título. Não rolou”.
“Na Copa do Brasil, eliminou o Botafogo, mas foi eliminado pelo Flamengo. E talvez não role uma vaga para Libertadores. Então, é para ficar frustrado sim. Eu acho que isso mostra o aumento de expectativa do torcedor do Bahia. E eu acho que ele não é viagem. Se é o Bahia de 2023, se é o Bahia de 2010, poderiam até falar: “Vocês estão querendo o que? Copa do Brasil? Vocês estão sonhando! Esquece isso aí”. Mas o de 2024 não”.