Meia recorda saída conturbada do Bahia para jogar no Vitória

Meia recorda saída conturbada do Bahia para jogar no Vitória

No Tricolor, ganhou as primeiras chances como profissional sob o comando de Renato Gaúcho.

Meia recorda saída conturbada do Bahia para jogar no Vitória
Fotos: Divulgação/Bahia e Vitória

Aos 34 anos, o meia Vander atua na Tailândia desde 2016, passando por Chiangrai United e Bangkok United, e atualmente vestindo as cores do Prachuap FC. O jogador, natural de Salvador, foi revelado na base do Bahia, onde conquistou um título estadual e um acesso para a Série A. No Tricolor, ganhou as primeiras chances como profissional sob o comando de Renato Gaúcho.

“Me dava muita moral, confiança, sou muito grato. Me sinto até orgulhoso porque é um grande treinador do futebol brasileiro, um grande personagem. Mas não mantenho relação com ele. Em jogos no Brasil sempre cumprimentava ele, conversava comigo. Sou muito grato a ele, foi muito importante para mim nos primeiros meses de profissional, sempre me blindou de muita situação”, lembra Vander, em entrevista ao ge.globo.

Em 2013, Vander trocou o Bahia pelo Vitória. A saída do Esquadrão foi conturbada, com troca de acusações com a diretoria. O jogador expôs salários atrasados para romper o vínculo, enquanto a cúpula tricolor alegou deficiência técnica para não renovar o contrato.

“Escolhi voltar para o Bahia, quando voltei a gente foi campeão baiano, comecei bem o Brasileiro, mas, infelizmente, não me senti valorizado. Fizeram uma proposta baixa, tempo de contrato mais um ano e aumento salarial mínimo. Aí surgiu o Vitória, que ofereceu quatro anos de contrato, valorização financeira boa, para mim e minha família. Eu precisava me estabilizar financeiramente, estava começando, tinha 21 anos. A gente ainda tentou com o Bahia, conversou, era a prioridade, mas não senti uma valorização justa no Bahia e aceitei o desafio do Vitória”, conta Vander.

O jogador diz ter se arrependido de cobrar o Bahia nas redes sociais. “Me arrependo. Nesse tempo aí eu mexia no Twitter. Hoje nem entro. Coisa de moleque, 22 anos, empolgação, fama, conhecendo os primeiros passos. Sair de um bairro humilde para ser famoso. Me arrependo de ter ido lá expor, mas nem lembro. Não é da minha personalidade, sou bem tranquilo em relação a essas coisas de rede social”.

No Vitória, Vander foi campeão do Campeonato Baiano duas vezes e também conseguiu um acesso para a Primeira Divisão. Apesar de ser cria da base tricolor, o jogador diz ser mais identificado com o Vitória.

“Fui bem recebido. Quem me contratou foi o presidente, que conversou comigo, me ligou, o Alexi Portela. Me passou confiança. Na final do Baiano de 2012, que o Bahia foi campeão, eu acabei brigando com o Wellington, saí na porrada. Nós dois fomos expulsos. E quando fui para o Vitória, em 2013, eu pensava: “Será que esse cara vai criar alguma confusão comigo?” [risos]. Mas ele saiu em 2013. Eu ficava pensando se eles iriam lembrar da confusão. Mas fui muito bem recebido”, recorda o meia.

“Apesar de ter jogado a minha base inteira no Bahia, entrei em 2001 e fui até 2010, no profissional. Depois fui para o Flamengo, voltei em 2012, ganhei título baiano e consegui acesso para a Série A com o Bahia. Mas me considero mais identificado com o Vitória. Foi mais intenso. Uma relação de amor e ódio com a torcida, felizmente conquistei dois baianos, um acesso para a Série A em 2015. Para falar a verdade não tenho esse objetivo de um clube, mas entre os dois me identifico mais com o Vitória”, complementa.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Baiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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