Fala, Nação Tricolor! Tava com a mão coçando pra escrever sobre o jogo do Grêmio, mas esperei encerrar a rodada pra gente conversar mais sobre o Bahia no Brasileirão 2024. E como é bom vir aqui dizer que depois de 23 jogos, o Tricolor é o 5º colocado, há 3 pontos do 3º lugar e brigando pela vaga da Libertadores com Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro. O Bahia mudou, mas parte da Torcida ainda não entendeu isso (ou não quer aceitar).
Há exatamente um ano, o Bahia goleava de forma imprevisível a equipe do Red Bull Bragantino, na Fonte Nova. com gols de Rezende, Vitor Hugo, Vinicius Mingotti e Cauly. Era a vigésima rodada e mesmo com a goleada, o Tricolor que ocupava a portaria do Z4, não se afastaria da zona. Sim, eram tempos sombrios.
Hoje, após o sol dar uma volta completa sobre a Terra, o Bahia ocupa outra portaria, mas a do G4. O time de Ceni venceu o Grêmio jogando no Rio Grande do Sul e como foi gostoso.
Após um primeiro absoluto, com aquele futebol do início do campeonato, que encantou e surpreendeu o Brasil, o abre o placar já no finzinho da primeira etapa. Pra desespero de Renato Gaucho, que já pedia pro jogo acabar. Cruzamento de Everaldo, cabeçada de Thaciano, gol, sem comemoração, mas e daí. Quem tem de comemorar é a gente. Ele comemora se quiser. 1×0.
No segundo tempo o Grêmio vem pra buscar o empate, de novo. O Bahia baixou suas linhas e buscou explorar o contra-ataque. Os donos da casa até conseguiram algumas chances, mas Marcos Felipe resolveu mostrar que todo grande time, começa com um grande goleiro. Fechou o gol com pelo menos 3 defesas incríveis.
Quando o Bahia resolveu ir na frente, brocou. Escanteio, cruzamento de “Sem Pena” na cabeça de Thaciano, que com pena do ex-clube, não comemorou de novo. Mas o importante estava lá, lindão no placar. Grêmio 0x2 Bahia. Iago Borduchi ainda perdeu a chance de marcar seu primeiro gol, mas acertou as canelas do goleiro dos caras.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Como havia pedido, a oscilação do Bahia voltou pra parte de cima da onda. Eliminamos o líder do Brasileirão da Copa do Brasil, vencemos, sem sustos, o atual porteiro da Zona, e agora matamos o imortal nos pampas.
O time voltou a mostrar o futebol bonito, vencendo e está lá em cima na tabela, com mais dois gols de cabeça. Seguimos com o 3º melhor ataque do Brasileirão, estamos há 8 pontos de distância do 8º colocado e, se vencermos pela terceira vez no ano, o líder, jogando em casa, na próxima rodada, a distância pra eles cairá a 5 pontos.
Agora, pergunte a Torcida do Bahia se tá tudo bem? Já li e ouvi absurdos do tipo: “faltam 6 pontos pra 45 e aí eu fico tranquilo”, “gastou muito dinheiro com Lucho”, “o time não passa confiança”, “o ataque é fraco”, “tem nomes mas não tem conjunto”, “Ceni não era o técnico pra esse time”, “fora Cauly, Everaldo, Thaciano, Marcos Felipe…” véi, VÃO TORCER!
Que corneta é essa contra um time que não perdeu nenhuma partida quando entrou com o time principal? Vai ser feliz, Torcedor. Seu time é rico! O dinheiro de Lucho é troco pro Bahia, agora. É só o Ano 1 do projeto, vocês queriam o time entre os 10 e os caras estão brigando entre os 5. O nosso time reserva, hoje (Danilo, Gilberto, Cuesta, David, Iago. Rezende, De Pena, Biel, Ratão, Lucho e Ademir), lutaria no meio da tabela. E a galera parece que não consegue aceitar essa nova realidade. Que dificuldade é essa de ser feliz? A Geração Fast passou. A gente não precisa mais comemorar os carrinhos de Fausto no meio de campo. Agora, são as jogadas de Everton Ribeiro. O clube mudou, o time mudou, a realidade mudou, mas a mentalidade de parte da Torcida, ainda não. Por mais Geração City e menos Geração Fast.