Atacante do Vitória celebra gols no Ba-Vi e rejeita fama de carrasco do Bahia

"Eu não me intitulo como carrasco. São coisas do futebol", disse.

Foto: Victor Ferreira / EC Vitória

O atacante Mateus Gonçalves se redimiu da expulsão no Ba-Vi pela Copa do Nordeste e no último domingo, saiu do banco para marcar duas vezes na vitória de virada sobre o Bahia, no Barradão, pelo jogo de ida da final do Campeonato Baiano. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, o jogador celebra a fase artilheira, mas recusou o título de carrasco do Bahia.

 

Com os dois gols no Ba-Vi do último domingo, Mateus Gonçalves chegou a cinco gols contra o Bahia. Quando defendia o Ceará, ele marcou contra o Tricolor no empate em 2 a 2 em 2020 pela primeira fase da Copa do Nordeste, na vitória por 3 a 1 no jogo de ida da final da Copa do Nordeste de 2020, e no triunfo por 2 a 0 pela 5ª rodada da Série A de 2020.

“Não digo que carrasco. Mas algumas equipes que, inevitavelmente, acabam sendo suas maiores vítimas. E o Bahia é uma delas. Tenho cinco gols marcados contra eles. Mas existem outras também. Tenho dois gols marcados contra o Internacional. Eu não me intitulo como carrasco. São coisas do futebol. E seguir trabalhando. Não posso dizer que sou carrasco”, disse. 

“Na hora do segundo gol não passa nada na cabeça. A comemoração estou agradecendo a Deus. E também pedido de desculpas pelo acontecimento lá. Meu único sentimento era que nós iriamos virar a partida”, completou. 

O atacante falou sobre a sensação de ‘volta por cima’ após receber muitas críticas. “Eu penso que sim, um pouco de ansiedade. O futebol é muito lindo porque te dá oportunidade de dar a volta por cima muito rápido. Todos estamos sujeitos a falhas. E o mais importante é como vamos reagir. Sempre trabalhei muito, com pés no chão. Sabia que uma hora a colheita iria chegar. Vou tranquilo para esse jogo, cabeça tranquila. Não tenho que provar nada para ninguém. A minha expulsão foi fato isolado. Vai ser interessante estar no mesmo estádio para, mais uma vez, dar a volta por cima”.

Mateus também falou sobre o apelido de pastor. “Eu penso que, se eles estão vendo isso, é algo positivo. Com certeza estou comunicando coisas boas. Porém, eu não ligo. Eu acho que é positivo pelo fato de que o pastor tem função de cuidar das ovelhas, se olhar pela Bíblia. Gosto muito de cuidar das pessoas. Fico feliz por ser reconhecido como pastor, homem de Deus. É benéfico. Vivemos em um mundo muito caótico. O jogador tem uma fama que não é das melhores. E fico feliz por poder ir na contramão disso para mostrar que o jogador é pai de família, o cara trabalhador, que serve a Deus. Associam jogador de futebol com farra, bebida. Mas a grande maioria é temente a Deus. Fico feliz com esse apelido”, pontuou o atleta.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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