Santoro diz que já esperava dificuldades no primeiro ano do Grupo City no Bahia

"A gente tinha total conhecimento de que ia ser um ano muito difícil", disse.

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Esporte Clube Bahia criou uma enorme expectativa após a chegada do Grupo City, porém, o primeiro ano da SAF do Esquadrão foi bastante sofrido, lutando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro até a última rodada. Em entrevista no podcast Futebol S/A, da Rádio Metrópole, neste sábado (23), o diretor de futebol Cadu Santoro falou sobre as dificuldades no “ano zero” da SAF.

 

“A gente tinha total conhecimento de que ia ser um ano muito difícil por conta dos clubes que tinham subido. Já havia o entendimento que o ano passado seria um ano muito difícil, mas a gente não pode negar que quando a gente faz uma análise no final de que a gente teve mais dificuldade do que a gente esperava”, disse.

“Eu falei na minha primeira entrevista que o nosso objetivo era se manter no ano zero na Série A sem sofrimento, não foi o que aconteceu. A gente precisa fazer uma análise em cima disso, não podemos fugir dessa questão. Tentamos fazer uma montagem de elenco onde a gente precisou fazer operações em julho porque tínhamos a necessidade, tínhamos coisas previstas como a operação do Gilberto, que foi muito elogiada no momento. Então a gente sabe que qualquer atleta às vezes vai oscilar um pouquinho”, completou. 

O dirigente reforçou que não apenas o Bahia, como Vasco e Cruzeiro, que também subiram para a Série A junto com o tricolor, lutaram contra o rebaixamento no ano passado. A única exceção foi o Grêmio, que terminou no G-4, porém, Santoro frisou que o clube gaúcho tinha a folha salarial três vezes maior do que os outros três times.

“Eu acho que quando a gente olha o que aconteceu, sem citar o Grêmio, que disputou a Série B com elenco de Série A, mas a gente tinha informação que mesmo com eles reduzindo a folha, eles tinham três vezes mais folha em relação Vasco, Cruzeiro e Bahia. Eles não desmontaram, fizeram vendas importantes, mas mantiveram o elenco. Quando a gente vê esses clubes brigando até o final pelo rebaixamento, a gente enxerga que não é fácil já querer atingir um nível mais alto de competição no ano zero. A gente obviamente estudou muito o que foi feito, entendemos que nesse ano era muito difícil a concorrência no mercado. Hoje o mercado entende que o jogador tem o seu valor e isso mudou e inflacionou a concorrência no mercado”, pontuou.

“A movimentação que tivemos nesse mercado de janeiro foi para entender que tínhamos a necessidade de tornar o elenco mais competitivo para atingirmos um nível de competitividade melhor na temporada. A gente corrigiu muita coisa e trouxe reforços que pudessem impactar no mercado”, completou.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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