Fala, Nação Tricolor! Saudade da mizéra de vocês! E aí? Curtindo o Bahia macetando quem aparece pela frente? Eu tô! E é bom também porque já tava cansado dessas “falsas polêmicas” que eles criam: Carnaval de Salvador é o melhor do mundo, acarajé é melhor que bolo de rolo, Módulo Amarelo é Série B, o Bahia é o maior do Nordeste e o Recife tem até praias mais bonitas mas as daqui não tem tubarão. Mas, falando de futebol…
Que Baêa é esse, bicho? Os caras tiram os outros times ‘pra nada’. O Sport foi a vítima da vez, e o que mais impressiona é que esse foi apenas o SEGUNDO JOGO com o time titular completo. E foi um espetáculo como não se via há anos. Não pelo resultado, mas pelo futebol.
O time trocou uma quantidade absurda de passes, quase 500. Cruzamentos certos foram 16. Finalizações, apenas 35, sendo que metade, na direção do gol. Triangulações rápidas, dribles desconcertantes, marcação alta, pressão no condutor da bola, pressão pra retomadas de bola, infiltrações, facões bem feitos… Tava olhando um video de melhores momentos, e ali a gente vê, melhor que no Estádio, o quão absoluto foi o domínio Tricolor.
O time visitante não viu a cor da bola. Sua atuação se limitou a correr atrás dos jogadores do Bahia, dois chutes no gol e uma cabeçada na trave. O resto do jogo eles só ouviram o nome do goleiro deles. Que por sinal, não estava sozinho, não. Tinha um encosto ali.
Caíque França quase estragou a tarde de domingo, fez chover na Fonte Nova. Uma atuação pra ganhar placa na Ilha do Retiro. Caíque evitou a maior goleada da história do Sport.
O Quarteto Mágico do meio de campo jogou uma barbaridade. Cauly, Everton Ribeiro, Caio Alexandre e Jean Lucas foram responsáveis pelas principais momentos bonitos do jogo. Deram show. Lembram quando escrevi no ano passado, que a gente merecia mais que comemorar “carrinho no meio de campo”? Era sobre isso que falava.
Porém, “ah, futebol, seu malandrinho”, nenhum deles participou das jogadas decisivas da partida. Biel fez jogada pelo meio e coube a Thaciano pegar a sobra. O careca fez a gente lembrar de Hernane Brocador em cima do Sampaio Corrêa. Uma cavadinha pornográfica na Fonte Nova, abria o placar. 1×0.
As chances foram acontecendo naturalmente, se acumulando, como num treino de luxo. Na verdade, o Sport foi até mais fraco que o Barcelona de Ilhéus, mas o goleiro deles estava endemoniado.
Com o 1×0 bem aquém do esperado, o time vai pro vestiário aplaudido. Na volta do segundo tempo os caras já tinham mexido umas 3 vezes no time. Chegaram até a dar um chute no gol pra Marcos Felipe aparecer no GE. E na segunda tentativa, vacilo de Gilberto que não aparece nem na tela, os caras empataram o jogo com assistência de Zé Roberto, aquele… 1×1.
O Bahia voltou a atacar, mas os meias já estavam pregados e Biel amarelado. Com as substituições, ainda com o empate, vieram as desconfianças. E o time caiu de produção, obviamente. Até que Ceni troca Everton por Iago e coloca um menino de 16 anos em campo.
“Maluco, num jogo desse estrear o menino. Quer queimar o garoto? E ainda tira Everton Ribeiro pra colocar um volante, precisando do gol?”.
Bem, quem treina o time é o Rogério. Iago recebe e vira a bola pro garoto Roger. Ele dá um drible de baba no zagueiro, levanta a cabeça e faz um cruzamento perfeito pra Ratão marcar o segundo, fechar o caixão e privilegiar o bom futebol. 2×1.
BORA BAÊA MINHA PORRA!
Seria um dos maiores pecados do futebol, ver um time amassado, como foi o Sport, evitar o triunfo Tricolor. O Esquadrão jogou muito.
E se o Bahia deu show em campo, a Nação Tricolor merece um Prêmio “PQP2024!” também. Só esse ano já são mais de 111 mil torcedores no estádio. Segunda maior Torcida Brasil em estádio, atrás apenas do Corinthians, que tem 13 mil a mais. É sobre isso também.
Agora pode comemorar. Porque é o Bahia quem tá no comando: macetando, macetando, macetando…