Na última quarta-feira (21), após o empate em 1 a 1 contra o Sport, na Arena de Pernambucano, o ônibus que conduzia a delegação do Fortaleza foi atacado por membros de uma uniformizada do Rubro-Negro. Bombas caseiras e pedras foram atirados contra o veículo, ferindo jogadores com os estilhaços dos vidros estourados das janelas.
O lateral-esquerdo Gonzalo Escobar teve um traumatismo cranioencefálico. Ele também tomou pontos no supercílio e na boca. O goleiro João Ricardo também passou por uma sutura no supercílio. Outros nomes como os zagueiros Titi (ex-Bahia) e Brítez, o volante Lucas Sasha e o lateral-direito Dudu também se feriram com estilhaços de vidro.
Dois anos atrás, em fevereiro de 2022, um episódio semelhante aconteceu antes do jogo entre Bahia e Sampaio Corrêa. O ônibus que conduzia a delegação do Esquadrão para a Fonte Nova foi atacada por membros de uma organizada do clube com uma bomba caseira e alguns jogadores foram atingidos pelos estilhaços do vidro.
Durante entrevista coletiva após o jogo em Juazeiro, pelo Baianão, o técnico Rogério Ceni lamentou a violência no futebol e apontou que uma tragédia pode estar a caminho. “O futebol está ficando tão complicado quanto o restante da sociedade. Vimos essa situação do Fortaleza lá em Recife. Se a gente não fizer nada, é questão de tempo para acontecer. Depois acontecer e se banalizar. Lamento tudo que a aconteceu essa semana”, afirmou Rogério Ceni.