O Ministério Público da Bahia recomendou a manutenção da torcida única nos clássicos Ba-Vis de 2024 em ofício enviado para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Bahiana de Futebol (FBF). A promotora Thelma Leal contestou a falta de interesse do poder público em resolver a violência nos estornos dos estádios. Nesta terça-feira, o governador Jerônimo Rodrigues falou sobre o assunto e disse ser a favor da torcida mista, porém, frisou que a polícia e a Justiça deverão garantir a segurança dentro do estádio e nas ruas.
“Eu sempre preguei que a torcida baiana é pacífica. Aqueles que entendem que é possível fazer qualquer coisa dentro ou fora do estádio, a polícia deverá dar conta e Justiça deverá cuidar. Mas os torcedores do Bahia, Vitória e dos outros clubes baianos quando vão aos estádios, Fonte Nova, Barradão, Pituaçu, a gente vê a quantidade crianças, idosos e pessoas com deficiência. Então, o caráter do torcedor baiano é de elevado grau. Então, vamos com o Ministério Público e os clubes tentar fazer uma campanha e estimular que tanto no Baiano, quanto Copa do Nordeste e, naturalmente o Brasileiro, possamos ter o reencontro das torcidas. Só quem ganha com isso é o estado”, afirmou.
“Eu estive aqui [no Barradão] na final da Série B e vi o espetáculo que a torcida promove. Da mesma forma a torcida do Bahia faz um espetáculo à parte na Fonte Nova. Vou fazer ao máximo junto com o Bahia, Vitória e a Federação Bahiana de Futebol para a gente poder garantir que as torcidas se reencontrem”, disse.
A recomendação de torcida única aconteceu após um Ba-Vi de 2017, quando houve uma confusão no clássico do dia 9 de abril daquele ano. Após a partida na Fonte Nova, um torcedor do Bahia foi morto e outro baleado. Em fevereiro de 2018, o clássico voltou a ter a presença das duas torcidas, mas ficou marcado por uma confusão generalizada dentro de campo, com sete jogadores expulsos, cinco deles do Vitória.
Além da briga dentro de campo, foi registrado naquele clássico um confronto entre integrantes de torcidas organizadas de Bahia e Vitória, na região da Baixa dos Sapateiros. Uma guarnição da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) precisou intervir disparando tiros para o alto. Dentro do estádio, a torcida rubro-negra invadiu uma área destinada aos torcedores do Bahia, enquanto a torcida visitante depredou as dependências da praça esportiva.
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