Em entrevista à Rádio Sociedade, o ex-presidente e atual candidato à presidência do Esporte Clube Bahia, Marcelo Sant’Ana, explicou porque votou contra a venda da SAF para o City Football Group no final do ano passado. Ele afirmou que não teve acesso ao contrato e por não ter lido, acabou votando contra.
“Votei à época contra [a SAF do Bahia], porque não tive acesso ao contrato, não pude ler o contrato, e quando fui presidente do Bahia, respeitei todos os contratos. O contrato foi aprovado por cerca de 98% ou 99% dos sócios, teve parecer do conselho fiscal, de auditoria externa”, completou.
Ele afirma ser a favor do Grupo City e ressaltou que, apesar do primeiro ano decepcionante, confia na capacidade de gestão do conglomerado. “Conheço bem o grupo, não só o Manchester, outras equipes do grupo. Quando eu fui empresário, a gente teve um atleta que jogou no New York City, foi inclusive campeão da MLS. Eu sou a favor do City, eu acredito na capacidade de gestão deles, repito, apesar do primeiro ano abaixo da expectativa, e entendo que no perfil econômico também eles podem ter a capacidade de levar o Bahia a uma posição que não teria condições ou seria muito difícil de atingir sem o suporte financeiro que eles trazem”, disse.
Sant’Ana lembrou de quando assumiu o Bahia, que tinha uma dívida enorme, mas não tinha controle de fluxo de caixa e sequer tinha o controle de quem eram os sócios do clube.
“O que levou o Bahia para o buraco foi a ausência de profissionalismo, que aumentou o passivo do clube. Quando eu assumi a presidência do clube, a gente não tinha, da porta para dentro do Fazendão, nenhum controle praticamente de gestão, o ex-presidente Fernando Schmidt já tinha evoluído o relacionamento interno, mas o Bahia, por exemplo, não tinha controle de fluxo de caixa, contas a pagar, contas a receber. O Bahia não tinha sequer controle de quem eram os sócios do Bahia. Eu pude assumir e torcedor, porque alguns torcedores às vezes esquecem, mas é sempre bom relembrar. A gente perguntava para uma empresa terceirizada quem eram os sócios do Bahia. O Bahia não tinha um controle”.
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