Ceni explica saída de Biel e diz que derrota pesa psicologicamente

Ceni explica saída de Biel e diz que derrota pesa psicologicamente

Com a derrota, o Esquadrão segue com 37 pontos na 15ª colocação.

Foto: Felipe Oliveira / E.C Bahia

O Esporte Clube Bahia foi facilmente batido pelo Cuiabá na noite desta quinta-feira (09), na Arena Fonte Nova, pela 33ª rodada da Série A. Em entrevista após o jogo, o técnico Rogério Ceni explicou a saída de Biel aos 22 minutos para a entrada de Luciano Juba, logo após a expulsão de Camilo Cándido. O jogador deixou o campo bastante irritado, chegou a chutar garrafas, chorar e ficou sentado nas escadas da entrada do vestiário.

 

“Ele ficou nervoso porque ninguém quer sair com 20 minutos, qualquer jogador vai sair chateado. Contra o Grêmio, jogamos com Cauly e Everaldo por dentro. E hoje eles vieram com uma linha de cinco atrás. O que nós tentamos foi com três homens de meio, sustentar com Acevedo, Rezende e Yago, tendo Cauly como ligação e colocando Juba para recuperar o posicionamento da lateral e ter um cara mais ofensivo, para ter no mínimo uma ligação. Eu poderia ter tirado o Cauly, mas é difícil até tomar uma decisão com 20 minutos de jogo. Eu achei que valeria a pena essa substituição. É claro que poderia ter tirado Cauly e trazer Biel para essa função, mas o Cauly como armador domina mais essa posição. É uma escolha difícil que se tem que tomar em segundos e não poderia deixar os três (Cauly, Biel e Everaldo) em campo, porque fatalmente tomaríamos mais gols. Agora é lógico que se eu tiro Cauly, a pergunta seria essa”.

Sobre o jogo, Ceni acredita que houve um erro de posicionamento do Bahia, e admite que a derrota de 3 a 0 pesa bastante psicologicamente nessa briga contra o rebaixamento.

“Não acho que ficamos atrás. Acho que nós nos posicionamos mal. Quando eles escalam um terceiro zagueiro, Cauly e Everaldo eram para fazer essa marcação e Biel acompanhar pelo lado esquerdo. A gente acaba não pressionando as viradas, Biel vem pelo meio e possibilita que eles virem de lado. O time não jogou retraído. Foi um sistema muito parecido com o Yago tentando fazer a função do Thaciano, Biel e Cauly com Everaldo na frente”.

“Tivemos o controle do jogo, mas não tivemos ataques contundentes. Aliás, quando ficamos com dez jogadores parece que ficamos com melhor toque de bola e penetração do que quando estava 11 x 11. Acho que falhamos na parte tática de cumprimento de funções. Quando vimos a escalação com três zagueiros, nessa função era dois para três e o Biel cumpriria mais essa linha de quatro. E até pelo ímpeto de ajudar, ele acabou fechando um pouco mais e acabamos tomando essas bolas. E acho que erramos mais passes do que o normal, não conseguimos nem bolas fáceis construir”.

“Não foi uma noite feliz. Combina com 20 minutos um cartão vermelho, um pênalti e um gol. É uma carga muito pesada para superar. Acho até que o time se portou bem com 10 x 11, criou algumas oportunidades, mesmo com inferioridade numérica, mas é um jogo que fica pesado psicologicamente quando se toma um gol e perde um jogador expulso”.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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