Paiva avalia baixo rendimento de Chávez e Kayky e defende jovens

o técnico Renato Paiva saiu em defesa dos dois jogadores.

Foto: Divulgação/Bahia

O Esporte Clube Bahia investiu mais de R$ 85 milhões em contratações para a temporada 2023 e reformulou praticamente todo o elenco após a chegada do City Football Group, porém, alguns jogadores estão aquém do desempenho, caso de Chávez e Kayky. O lateral equatoriano, que era destaque no Independiente del Valle, foi a maior contratação da história do futebol nordestino, custando um pouco mais de R$ 18 milhões, enquanto Kayky chegou emprestado pelo Manchester City, que desembolsou uma boa grana para adquiri-lo junto ao Fluminense quando ainda tinha 17 anos. Em entrevista ao Globo Esporte da Bahia, o técnico Renato Paiva saiu em defesa dos dois jogadores.

 

“Bastamos outra vez com as expectativas. Kayky, de fato, é um jogador de tremenda habilidade, mas saiu do Fluminense muito jovem. Chegou ao City e não conseguiu se firmar, foi para Portugal e também não conseguiu se firmar. É um processo sem que, em algum tempo, Kayky tenha jogado com regularidade. Isso é algo crítico para um jogador de futebol, para um jovem. E o jovem sai do Brasil com as expectativas muito altas. Bastamos outra vez com as expectativas”.

“Nós olhamos para a parte técnica e tática, mas temos que olhar também para o “mar de dúvidas” que passa na cabeça do Kayky, por exemplo, que chegou como uma estrela, mas não consegue ter o rendimento ideal. Estamos recuperando jogadores. Às vezes, pode ser mais demorada ou rápida, mas precisamos que eles se entreguem mais. O Chávez é a mesma coisa, ele é um bebê. Nunca saiu do Equador, a não ser para jogar pelo Independiente del Valle. Tinha o contexto extraordinário de uma equipe feita, que jogava de olhos fechados e de atletas que ajudavam os mais novos. A equipe lá acolhe jogadores jovens com muita frequência. Ele estava na sua zona de conforto, em uma equipe muito bem formada. O sistema que eu alterei no Independiente, do 4-3-3, para o esquema de três zagueiros, que ainda hoje jogo assim, mudei também as funções do Chávez para fazer esse corredor, exercendo a função de ala”

“Chávez mudou de vida completamente. Veio para uma realidade diferente. Estava no clube que não tem uma torcida de peso, e quando a torcida decide vaiar e insultar esses jogadores durante o jogo, eu não posso aceitar isso. Temos que olhar para cada caso. Essa ideia de tratar jogadores da mesma forma é um engano. Eu não trato eles de forma igual. São pessoas diferentes. Eles têm todos o mesmo objetivo, que é o nosso: entregar bons resultados”.

“O que é que o jogador ganha com as críticas? Nada. O que a torcida ganha? Um jogador a menos em campo. A partir do momento em que a torcida se torna hostil para um jogador da sua equipe, pode ter um jogador a menos em campo, já alguns jogadores não têm tanta experiência assim no futebol. Por isso, a torcida acaba fazendo com que o Bahia jogue com um a menos em campo. Por isso minha insistência: se quiser vaiar e insultar, façam isso para mim. Durante o jogo, apoiem e façam festa. A nossa torcida é uma das maiores do Brasil nesse aspecto. Quando acabar o intervalo ou o jogo, reclamem e criticam, mas não durante o jogo”.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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