Santoro faz balanço dos primeiros meses do Bahia com a SAF

"Esses primeiros meses foram de muita intensidade", disse.

Cadu Santoro em entrevista no Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Nesta sexta-feira (14), véspera da estreia do Esporte Clube Bahia no Campeonato Brasileiro da Série A, o diretor de futebol do clube, Cadu Santoro, fez um balanço dos primeiros meses da SAF do Esquadrão, que amargou uma eliminação precoce e vergonhosa na Copa do Nordeste, mas conseguiu conquistar o Campeonato Baiano após três anos sem levantar a taça.

 

“Esses primeiros meses foram de muita intensidade. Estive nove anos no grupo e passei por quatro diferentes funções, sendo a última a gestão do departamento de scout em tora América Latina. Nesse processo tive a oportunidade de participar da montagem de cada um dos elencos. Acho que o grupo vem trabalhando com isso de uma forma muito positiva. Acho que o Bolívar é um exemplo recente. Importante deixar claro que a forma como o grupo atua, o erro e o acerto não ficam concentrados em uma única pessoa. Existem departamentos, funções e processos”.

“Foram meses muito intensos, com coisas positivas, momentos de frustrações, decepções, mas no final disso tudo a gente tenta tirar o lado positivo. É um projeto novo, como Renato Paiva diz, “o ano zero”. Um diretor de futebol novo. Novas pessoas, novos processos. São 18 novos jogadores que chegaram ao longo dos últimos meses. Não é fácil”, avaliou Cadu Santoro.

O diretor valorizou a conquista do Campeonato Baiano, e admitiu o fracasso na Copa do Nordeste. “Uma competição muito positiva, onde a gente consegue terminar a primeira fase com a equipe sub-20. E outro torneio, que a gente tinha uma expectativa maior, com momentos de muita frustração. Temos que tirar as lições disso tudo. O Renato adaptou o esquema e a gente termina essa primeira parte com um título, que é algo muito importante para a sequência da Série A”, pontuou o diretor de futebol.

Santoro comentou sobre a montagem do elenco e projetou a disputa da Série A. “A janela do Brasil é muito diferente do que acontece lá fora. A gente tem quase quatro meses para fazer a montagem. Esse ano foram muitos contratos se encerrando. São 20 saídas, 18 chegadas e sete renovações. Uma nova comissão técnica, uma nova direção. A gente gostaria de ter montado o elenco nos primeiros um ou dois meses, mas não foi possível”.

“Com tudo isso. Mesmo entendo que Baiano e Copa do Nordeste são importantes, a gente tem o Brasileiro como prioridade. Nosso primeiro objetivo, pelo nível da competição, é encontrar estabilidade. Passado esse momento, acho que sim, temos que buscar coisas maiores e ter como objetivo brigar por torneios internacionais”.

O dirigente também avaliou o trabalho de Renato Paiva. “Acho que foi uma experiência nova para nós do grupo, mas também para o professor Renato, ter mais de 20 jogos em dois meses e meio. Como o próprio Renato disse, metade do Campeonato Português é jogado em 70 dias. Acho que é algo que dificulta dar sequência para os jogadores. A gente teve duas lesões de dois atletas que hoje são titulares, que é o Kanu e o Rezende. Foi difícil para o treinador encontrar estabilidade com a saída deles. O Renato foi muito inteligente ao mudar o sistema, se adaptar e encontrar o equilíbrio. Jogar com três zagueiros não torna a equipe mais defensiva. Acho que o Renato foi muito feliz e inteligente para dar essa volta por cima”.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

Deixe seu comentário