O caso Robinho ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira. O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, pediu vistas durante o julgamento de um recurso da defesa do jogador em sessão da Corte Especial. O pedido acabou suspendendo o julgamento por até dois meses, com possibilidade de estender o prazo por até três meses, para que o Ministro possa avaliar melhor as peças da ação.
Recapitulando: o Governo da Itália pediu para que o jogador cumpra a pena de 9 anos no Brasil, a que foi condenado pelo estupro de uma jovem em Milão, em 2013. A defesa do jogador requereu que os italianos juntassem ao processo a íntegra da ação original. A ideia dos advogados é tentar demonstrar que o atacante teve direitos cerceados no julgamento em Milão. Esse pedido foi negado em decisão monocrática do Ministro Francisco Falcão, relator do caso, e a defesa então recorreu à Corte Especial.
O caso aconteceu em 2013, em Milão. Segundo a sentença, Robinho e mais cinco amigos estupraram uma mulher albanesa, sendo que ele e mais Ricardo Falco acabaram condenados. Os outros três homens deixaram a Itália durante as investigações e não foram processados. A pena é de nove anos de prisão, em última instância, proferida em janeiro de 2022.
Em novembro de 2022, a Itália solicitou ao Brasil a extradição do jogador, porém, o Ministério da Justiça do Brasil recusou baseada no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. Recentemente, a corte determinou que o jogador entregasse seu passaporte à Justiça, o que foi feito em março.