Jogadores denunciam golpe em criptomoedas e processam empresa de Willian Bigode

Uma matéria divulgada pelo Fantástico, da Globo, no último domingo, mostrou o desespero de Scarpa com o prejuízo milionário que teve. 

Willian, Mayke e Scarpa juntos no Verdão, em 2021 (Foto: Cesar Greco / Palmeiras)

Eleito craque do Campeonato Brasileiro de 2022, sendo o principal jogador do Palmeiras na conquista do título brasileiro, o meia Gustavo Scarpa vive um drama pessoal desde 2020, quando resolveu investir R$ 6,3 milhões em criptomoedas por indicação do ex-companheiro de time Willian Bigode, atualmente no Fluminense. Uma matéria divulgada pelo Fantástico, da Globo, no último domingo, mostrou o desespero do atleta com o prejuízo milionário que teve.

A promessa era de que o lucro poderia chegar a 5% ao mês, muito acima do que qualquer aplicação no mercado. Para convencer Scarpa a investir, a empresa chegou a dizer que a empresa tinha R$ 2,1 bilhões em pedras de alexandrita, um mineral de grande valor, além de possuir chácaras e terrenos como garantia.

Quem apresentou a empresa Xland ao meio-campista foi o atacante Willian em junho de 2020 por meio de um arquivo com uma apresentação sobre criptomoedas. Em áudio, o atual jogador do Fluminense afirma que a empresa no qual é sócio tem “nossa fidelidade e parceria com a Xland”.

Em agosto de 2022, Scarpa desconfiou de um possível golpe e comunicou à Xland que gostaria de resgatar parte de seu dinheiro, mas não conseguiu. O meia que atualmente defende o Nottingham Forest, da Inglaterra, rebateu uma das mensagens enviadas por Willian.

“Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. Questão que agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no Senhor”, disse Willian em um dos áudios revelados pelo Fantástico no último domingo.

“Estou precisando orar mais. Realmente!” – postou Scarpa, nesta segunda-feira.

Scarpa procurou os donos da Xland, Jean Ribeiro e Gabriel Nascimento, para tentar recuperar o dinheiro que investiu, mas não teve sucesso. O lateral-direito Mayke, do Palmeiras, também investiu e processou a empresa. O goleiro Weverton, do Palmeiras e seleção brasileira, também teria investido em criptomoedas, mas não quis se pronunciar.

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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