Após o advento da SAF, que o Bahia seja “o mundo”, mas não aceitamos esse futebol imundo

É inadmissível e inaceitável o Bahia com a estrutura que tem esteja "matando" seu torcedor de raiva

Foto: Divulgação/Bahia

Quando o meu querido Esporte Clube Bahia completou 92 anos de feliz existência, postei um artigo nesse Blog com o título: “Bahia chega aos 92 anos revigorado e 1931 vezes mais SAF’ado do que nunca“, evidentemente, acreditando no novo projeto, num novo modelo de gestão do Clube que passou a ser gerido por um forte, sólido e experiente grupo investidor que comanda um conglomerado de treze clubes mundo afora e que já possui um indiscutível e ilibado Know-how em matéria de futebol.

Claro que em qualquer atividade ou ramo empresarial, sempre está presente a inseparável aleatoriedade que consiste no sucesso ou insucesso do negócio, principalmente, quando o ramo é futebol que desde os seus primórdios alguém o denominou como uma “caixinha de surpresa” num tempo em que esse apaixonante esporte das multidões era praticado mais por amor, paixão e diversão do que só pelo Cifrão, que se tornou o maior símbolo representativo do futebol na atualidade, esporte que pode até continuar como uma caixa de surpresa, mas, acoplada à uma verdadeira Caixa de Pandora.

Muito diferente das SAF’s de Botafogo, Vasco e Botafogo que foram criadas em curto ou curtíssimo espaço de tempo ou, no popular, num passe de mágica, a SAF do Bahia foi planejada, estudada e maturada por mais de um ano, com o investidor tomando conhecimento e ficando ciente e consciente de todos ativos e passivos do clube, ou seja, patrimônio, dívidas vencidas e/ou vincendas a médio, curto ou longo prazo, enfim, sendo que o mais relevante de tudo foi, independentemente, da aprovação da SAF pelo Conselho Deliberativo do Clube, a proposta foi colocada em votação para que o sócio-torcedor concordasse ou discordasse, havendo esmagadora aprovação.

Com o clube sob nova direção, com o comando do City Football Group-CFG, muito torcedor imaginou que o clube em pouco tempo mudaria da água para o vinho, mas, futebol não é e nunca será assim e, claro que os reveses ou acidentes de percurso viriam, naturalmente, de alguma forma, mas, o que ninguém previa ou esperava era que a emenda se tornasse pior do que o soneto. Como é que se gasta quase 100 milhões de reais com a contratação de um monte de jogadores e só se vê o time crescer verticalmente pra baixo igual a rabo de égua, deixando o torcedor com “saudade” daquele time “feijão com arroz” que, obteve o acesso à Série A no ano passado?

É inadmissível e inaceitável o Bahia com a estrutura que tem, com a inerente grandeza que possui, com jogadores contratados a peso de ouro ou Euro, com Comissão Técnica importada da Europa, já à essa altura da temporada, esteja “matando” seu torcedor de raiva, com uma campanha, apenas, discreta, no frágil e fraco campeonato baiano; um dos fiascos da Copa do Nordeste com uma pífia campanha, onde em 6 jogos só somou 5 pontos e é o atual lanterna do seu grupo, enquanto que na Copa do Brasil, enfrentou dois times de Série D ou até “fora de série”, chegando aos trancos e barrancos à terceira fase da competição e o pior de tudo, é o silêncio do CTG para com o torcedor, quando o executivo de futebol Carlos Santoro ou quem quer que seja do Grupo, ou da Associação, são incapazes de darem explicação ou satisfação à torcida a respeito dessa série de fracassos.

Senhores proprietários e/ou dirigentes do nosso querido Esporte Clube Bahia, se vocês desconhecem a gloriosa história do Clube, procurem conhecer e passem a respeitar, ao pé da letra, o seu grandioso, maravilhoso e mavioso Hino:

Somos a turma tricolor,
Somos a voz do campeão,
Somos do povo um clamor,
Ninguém nos vence em vibração!

Vamos, avante Esquadrão!
Vamos, serás o vencedor!
Vamos, conquista mais um tento!
Bahêa! Bahêa! Bahêa!
Ouve está voz que o teu alento!
Bahêa, Bahêa, Bahêa! (…).

Jamais imaginei que após aquelas vergonhosas goleadas aplicadas na Arena Fonte Nova, há dez anos, pelo então rival e atualmente o nosso “primo pobre” que, há cinco anos, nem título de Campeonato Baiano disputa mais, voltassem a acontecer com o meu querido Bahia em já em outro patamar e, já que o Bahia passou a ser “o mundo”, torna-se imperativo abdicar desse futebol feio, encardido e imundo que o time vem praticando desde o início da presente temporada, passando a jogar o futebol que o torcedor gosta, ou seja, técnico, tático e sobretudo, competitivo porque, se assim não proceder, a competitiva Série B, o espera de braços abertos logo ali adiante.

BBMP – BORA BAHÊA MINHA PORRA!

José Antônio Reis

P.S: Quero deixar bem claro que o ponto de vista acima, é espontâneo e de total responsabilidade do autor, sem nenhuma interferência da linha editorial ou opinativa do Blog Futebol Bahiano.

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!

Deixe seu comentário