Ataque a ônibus quase atrapalhou negociação do Bahia com Grupo City

"Nós tivemos protestos na porta da minha casa, já tínhamos tido invasão", disse.

O Esporte Clube Bahia apresentou aos conselheiros a proposta do Grupo City para adquirir 90% da SAF (Sociedade Anônima de Futebol). O conglomerado vai desembolsar R$ 1 bilhão, sendo 500 milhões para a compra de jogadores, R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas, e R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros. A negociação, iniciada em setembro do ano passado, passou por um momento tenso em fevereiro deste ano, quando o ônibus do clube sofreu um ataque de membros da Bamor, que lançaram uma bomba na chegada da delegação à Fonte Nova pouco antes da partida contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste. O presidente Guilherme Bellintani revelou que acreditou que o fato poderia gerar a interrupção do projeto.

 

“Nós tivemos protestos na porta da minha casa, já tínhamos tido invasão do centro de treinamento, tínhamos um clima que resultou em bomba no ônibus, que talvez tenha sido o momento mais tenso da nossa negociação. Foi um momento que o investidor estrangeiro olha para cá e pergunta: ‘o que é isso que está acontecendo?’. Ali a gente entendeu que podia gerar a interrupção do projeto, mas a gente já tinha conquistado o processo de confiança”, revelou.

Após a apresentação da proposta, o Conselho Deliberativo enviará parecer em até dois meses aos sócios do clube para que eles possam votar a proposta numa Assembleia Geral. Caso aprovada, o Esporte Clube Bahia se tornará o 13º clube do City Football Group, que ganhou ligas nacionais na América, Austrália, Bolívia, Inglaterra e Índia nos últimos dois anos. O carro chefe do conglomerado é o Manchester City, da Inglaterra. O investimento feito no Esquadrão será apenas menor do que o clube inglês.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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