Contratado na gestão de Marcelo Sant’Ana, quando chegou para comandar a equipe sub-20, mas também treinou interinamente o time principal algumas vezes, em 2015 e 2016, o treinador Aroldo Moreira foi demitido em fevereiro de 2018, pelo presidente Guilherme Bellintani, naquela reformulação feita pela atual gestão nas categorias de base. Foram quatro anos trabalhando com formação de base no Tricolor, revelando alguns nomes como Gustavo Blanco, Júnior Brumado, Jean, Eric Ramires, Juninho Capixaba, entre outros. Ele trabalhou ao lado de Marcelo Lima, coordenador da base em 2017, que foi trocado por Marcelo Vilhena.
Com passagens por clubes como Camaçari, Madre de Deus, Galícia, Ypiranga-BA, Juazeirense e Parnahyba, Aroldo Moreira concedeu entrevista à Rádio Salvador FM, onde fez críticas ao trabalho de base desenvolvido pela atual gestão do Esporte Clube Bahia, inclusive, ao coordenador de base Marcelo Lima. “Ele acabou com a base do Bahia. Parece que passou um tsunami lá e toda hora tem um novo gestor”, disse.
Aroldo criticou o fato do Bahia ter dispensado vários profissionais ‘pratas da casa’ para fazer outros de fora. “O futebol é muito falado, mas precisa saber, na prática, o que aconteceu. Depois da saída de Edson Fabiano, Sérgio Araújo, Luciano Moura, Aroldo Moreira (todos baianos), as pessoas querem reinventar o futebol. Aí você traz um gestor de fora. Quantos gestores você trouxe para a base? Divisão de base é formação. O trabalho da base é formar, colocar no profissional e virar dinheiro. Eu, no Bahia, era 6 jogadores convocados para a seleção sub-20. Hoje, não sei se tem algum jogador do sub-20 do Bahia convocado para a seleção brasileira atualmente”.
Ele também citou jogadores revelados pelo clube que saíram de graça, e hoje atuam em clubes da Série A, casos de Éder, Hayner e Zé Roberto.
“Não consigo entender como jogadores como Éder, Zé Roberto e Hayner saíram de graça e hoje jogam a Série A do Campeonato Brasileiro. (…) Uns maturam mais rápido, outros não. É o caso de Hayner. A torcida do Bahia é exigente, a imprensa também não tem tanta paciência com jogadores da base. E aí você tem jogadores contratados que jogam várias partidas, não jogam nada e continuam aí”.