O Grupo Arco íris de Cidadania LBGT acionou na Justiça a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) questionando os motivos da Seleção Brasileira ser a única das participantes da Copa América que não utiliza o número 24. A numeração dos jogadores do Brasil pula do 23 para o 25. No entanto, segundo o Jornal O Globo, são poucas as esperanças que a CBF responda tal questionamento. De acordo com Toni Reis, presidente de outra organização, a Aliança Nacional LGBTI+, há pelo menos quatro questionamentos do grupo que foram ignorados.
— No mínimo foram uns quatro questionamentos. Até hoje a CBF nunca se pronunciou. Então nós estamos colecionando. São coleções de silenciamentos — contou ao jornal Carioca.
Para Toni, a CBF é uma instituição conservadora, mas que pode mudar. Ele defende que se jogadores e jogadoras assumam suas sexualidades, esse tabu com o número 24 caíra por terra. E lembra que todos os times têm torcidas LGBTI+.
— A única coisa permanente nessa vida é a mudança. Eu acredito que vão se sensibilizar e o 24 vai ser um grande número. Vai ser uma disputa no tapa.
No ano passado, a estátua do Rei Pelé, localizada no bairro Aparecida, em Santos, no litoral de São Paulo, amanheceu vestida com uma camisa da seleção brasileira com o número 24 estampado na frente e atrás do uniforme. Um grupo de oito pessoas colocou a camisa na estátua com o objetivo de alertar para o preconceito existente no futebol, por conta do não uso da camisa 24 por jogadores de times nacionais.