Não foi fácil, mas o Esporte Clube Bahia venceu o ABC por 2 a 1 neste sábado, no Estádio Metropolitano de Pituaçu, pela última rodada da Copa do Nordeste. O Esquadrão levou um susto no início, mas virou o jogo com gols de Gilberto e Óscar Ruiz. Com o triunfo, o Tricolor avançou às quartas de final do torneio como segundo colocado do Grupo A, com 13 pontos, e vai enfrentar o CRB, em jogo único no Estádio de Pituaçu. Em entrevista pós-jogo, o técnico Dado Cavalcanti explicou a oscilação do time na partida e apontou desgaste de alguns jogadores.
“Com oscilação, muito mais pelo desgaste. Foi o terceiro jogo seguido do Conti, que sentiu e pediu para sair. Rodriguinho também. Daniel e Rossi sentiram o peso. Exceto Conti, todos os outros estão na mesma batida desde o Brasileiro. Talvez Daniel, por ter tido Covid, ficou um tempo sem jogar, mas estava adoentado. Vamos conviver com isso, trabalhar diferente com alguns atletas. Hoje sofremos com ritmo, com a quantidade de jogadores que sentiram um pouco mais. E, ao contrário disso, jogadores que entraram e estão começando a jogar no Bahia, não estão no contexto tático, se desgastam um pouco mais.”
O atacante Óscar Ruiz a principal novidade do jogo. Relacionado pela primeira vez, o paraguaio saiu do banco e alguns segundos depois, no primeiro toque na bola, marcou o seu primeiro gol pelo Bahia. O técnico Dado Cavalcanti elogiou o jogador.
“Desde que chegou, tenho conversado com ele, sobre as expectativas que tenho em cima dele. Na entrada ele já demonstrou quais são seus predicados, suas contribuição. Tanto faz o lado de jogo, canhoto, rápido, que tem um tempo de ataque ao espaço fantástico. Nossos jogadores vão precisar ter um pouco mais de contribuição ofensiva, entender como ele joga porque ele se posiciona muito bem na defesa adversária. Essa diagonal, esse ataque à última linha, é algo que sempre me chamou atenção. Ele está tendo um pouco de dificuldade de adaptação, até à própria língua, sofrendo com desgaste de treinamento, do calor. Tudo faz parte. Foi importante ele ter entrado, ter feito o movimento que vamos esperar que ele faça mais vezes para os companheiros entenderem o perfil de jogo.”
Sobre o gol sofrido pelo Bahia, em vacilo do meia Daniel, Dado analisou. “O gol que tomamos não foi por deficiência defensiva, foi por um erro de construção. Passe equivocado, perdemos a bola num lugar um pouco mais longe do nosso raio de ação para exercer pressão pós perda. Erro foi do sistema ofensivo, como construção. Exceto isso, o adversário não propôs nenhum tipo de dificuldade ao nosso gol. Evoluímos bem de um jogo para outro no quesito bola aérea, muito mais no bloqueio dos cruzamentos. Nosso encaixe foi um pouco mais eficiente. Continuar com esse processo de evolução entendendo como as coisas estão acontecendo.”