UFA, Bahia 1 x 0 Athletico, um gude preso que nos fez afrouxar o colarinho na luta contra o rebaixamento, mas, não nos tirou definitivamente da zona maldita, com 32 pontos na companhia de Vasco e Sport. A partir de agora, é menos primor e mais atitude, afinal não podemos ficar sem somar pontos em partida nenhuma pela frente, como aconteceu nas ultimas partidas, em que o Bahia não conseguiu um mísero ponto em 24 disputados. Na partida contra o time paranaense, pelo menos foi possível observar uma melhora no setor defensivo, que não foi vazado, ou seja, Dado conseguiu colocar na cabeça dos atletas que é preciso primeiro não tomar o gol antes de qualquer outra coisa.
Digo isso porque num raciocínio simples, se o Bahia não tivesse tomado gols nas partidas passadas, poderia ter somado ao menos 3 pontos com empates contra equipes que pouco fizeram para confrontar ou Bahia, mas, que na hora que quiseram, foram às nossas redes com imensa facilidade e quase sempre nos minutos iniciais.
Temos que dar a César o que é de César, afinal, contra o Athletico-PR além da solidez defensiva apresentada, o time foi eficiente em chegar ao gol adversário, notadamente com um vazio gigante pela ausência de Gilberto, mas, relato aqui que chegou ao gol do adversário, contudo, com senhor Gabriel Novaes no comando de ataque estava difícil de algo acontecer.
Resta aqui nesse humilde comentário aconselhar a Dado Cavalcanti que, quando se tem um talento em campo como Índio Ramirez, esse atleta tem que ser posto onde este fica mais confortável para render, afinal, mesmo precisando de solidez defensiva, é preciso dar a quem pode fazer a diferença a liberdade para jogar e os outros que se virem pra marcar. Dado tem apagado Ramirez com o posicionamento que tem posto o mesmo e a cobrança que esse recue demais. Ouça o atleta e a torcida: O LUGAR DELE É PERTO DA ÁREA.
Não digo que o triunfo não deve ser comemorado, deve sim e muito, mas, na situação em que o Bahia se meteu, não é bom nem ficar tão animado, após esse pequeno alívio à ordem é se concentrar e entrar contra o Sport com o mesmo brio, coisa que foi possível ver nesse último jogo, o que não havia sido identificado em outras ocasiões.
Percebo um grupo inseguro (pode ser mera impressão), talvez rachado de algum modo, pois as comemorações dos gols não são divididas por todos os atletas, o que seria normal num time que estivesse fechado, contudo, se há algum racha deve ser identificado e tratado para que não se perca a liga. Além disso, deve se cobrar profissionalismo aos “mimados” ou “ressentidos”, afinal, não se trata de um parque de férias, mas sim de um clube tradicional e bicampeão nacional.
A grata aparição do jovem Thiago é uma boa, atleta que vem se soltando nos jogos e já marcou no último triunfo, mostrando que a base pode sim, se for trabalhada com correção, ser uma fonte caseira e acessível para melhorar o time e o desempenho. Uma pequena luz no fim desse tenebroso e escuro túnel em que nos envolvemos.
Não tá nada resolvido, mas estamos apoiando! BBMP!
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.