O Esporte Clube Bahia dará uma pausa no Campeonato Brasileiro da Série A, competição em que ainda luta para manter um equilíbrio e uma regularidade de bons resultados, e na próxima semana entrará em campo pela segunda fase da Copa Sul-Americana, torneio em que jogou pela última vez há oito meses, em fevereiro, e eliminou o Nacional-PAR, com duas atuações de gala (3 a 0 na Arena Fonte Nova e 3 a 1 no Paraguai), se classificando com a segunda melhor campanha da primeira fase. Nesta sexta-feira, o Esquadrão conheceu através de sorteio o seu adversário, que será o Melgar, do Peru, com o primeiro jogo lá e o segundo aqui, na Arena Fonte Nova, que estará de volta após servir como hospital de campanha.
Com o momento complicado no Brasileirão e longe de estar brigando por uma vaga no G-6, como era esperado antes do início da competição, o Esporte Clube Bahia entra na Copa Sul-Americana com o pensamento de ir longe, foi o que deixou o claro o técnico Mano Menezes, ao afirmar que o torneio é uma “grande oportunidade de dar um salto” e consolidar a restruturação do clube. Mas será mesmo que o Esquadrão vai jogar pensando no título ou será um mero figurante? Na opinião do torcedor Diego Campos, amigo e colaborador do Futebol Bahiano, o Bahia precisa jogar com ambição e jamais jogar para fazer figuração, mas sim projetar o título da Sul-Americana, além disso, frisou que o ganho seria monumental, daria uma projeção a marca e levaria o clube aos holofotes mundiais.
Veja abaixo o texto do torcedor Diego Campos, publicado no dia 14 de março de 2020:
Estava a assistir o jogo entre Olímpia e Defensa y Justicia logo que cheguei a minha casa e matutei comigo sobre a importância das copas na vida de um clube na atualidade, em especial em copas internacionais. Mas ora bolas, o que um torcedor do Bahia tem a ver com isso? Isso pode ser um questionamento de quem vai ler essa postagem, enfim, adiante explicarei. Nesse ano de 2020 já começamos com o pé esquerdo na fatídica eliminação ocorrida contra o River do Piauí, vergonhosamente não conseguimos ao menos empatar uma partida onde o empate bastava para classificar e mesmo assim fomos eliminados da miliardária Copa do Brasil.
Competição essa que nesse ano tem sido a redenção dos clubes de menor investimento e que é de longe uma fábrica de zebras cada vez mais disputadas como o ultimo prato de comida dessas equipes que por vezes salvam os seus anos com as premiações que recebem. O exemplo do Esquadrão também caiu o Atlético MG e o Sport-PE. Cruzeiro encontra-se em situação difícil já que tomou 2 a 0 em casa contra o CRB, além do Fluminense que perdeu seu primeiro jogo para o Figueirense por 1 a 0.
Mas não é da Copa do Brasil que quero falar sim das Copas Internacionais, Libertadores e Sul-Americana que são campeonatos onde as equipes devem se habituar a disputar, pois a experiência nessas competições é que podem levar ao êxito ou a conquista de uma delas. É um processo que deve ser continuado, pois é um tipo de disputa especifica e requer continuidade.
Clubes tradicionais com rodagem nessas competições já criaram a casca e sabem disputá-la, muitas vezes com times inferiores tecnicamente, mas pelo conhecimento e reiteradas disputas levam vantagem, por vezes , olha-se times no papel, com orçamento inferior e mesmo assim e se classificam ou eliminam clubes de maior investimento em diversas ocasiões por já estar acostumadas a disputar copas nesse formato.
O Esporte Clube Bahia tem que se acostumar cada vez mais em disputar Copas Internacionais, tem que estar todo ano lá quer seja na Sula ou almejando uma vaga na Libertadores. A Sul-Americana esse ano começou bem, eliminamos o Nacional do Paraguai de maneira inconteste e nos classificamos para segunda fase com louvor. A projeção para essa deve ser sim de título, não se pode pensar de maneira diferente, tem que ter ambição, afinal, não se pode entrar pra fazer figuração em campeonato nenhum.
A Copa Sul-Americana além de gerar uma premiação razoável, em dólar, o título pode dar uma projeção internacional à marca, classificar para disputa da RECOPA Sul-Americana e pode levar a disputa do Mundial de Clubes, isso mesmo, os últimos dois campeões da Sula se classificam para o mundial, que mudou o formato e vai contar com 24 equipes.
O Bahia tem que projetar o título da Sul-Americana sim, o ganho será monumental e pode levar o clube aos holofotes mundiais. Sou da máxima que título não se disputa, se ganha e o Bahia tem sim estrutura e equipe para buscar essa competição que com essa formatação é o caminho mais frutuoso para o estabelecimento enquanto expoente no Brasil e no mundo.
– Diego Campos