Mano reclama de expulsão e faz desabafo após empate do Bahia

"Sempre se escolhe alguém para Cristo", disparou o treinador

Após o empate em 1 a 1 com o Goiás, na noite desta sexta-feira (16), no Estádio Hailé Pinheiro, o técnico Mano Menezes concedeu entrevista coletiva e falou sobre a expulsão que sofreu após o apito final. Na opinião do treinador, a expulsão aconteceu por conta do jogo contra o Fluminense no último domingo (11), quando chamou o árbitro da partida de “vagabundo”. Mano acusou o quarto árbitro de “atitude provocadora”, contribuindo com a expulsão do auxiliar Sidnei Lobo e também dele próprio. O comandante tricolor também fez comentários sobre a discussão com o técnico Enderson Moreira. Em desabafo, Mano frisou que “sempre se escolhe alguém para Cristo” e é preciso equilibrar as forças no futebol, colocando mais ex-treinadores para defender os treinadores.

 

“Enderson falou coisas de jogo, estava nervoso como eu estava no jogo passado. Quando você está na beirada com essa pressão absurda sobre os técnicos, você às vezes não é exatamente um comportamento em uma situação de mais calma. Fui expulso pelo jogo passado, é claro. Fui expulso depois de um jogo em que acabamos de empatar e estava feliz pela situação da equipe. Mas o quarto árbitro, desde o início do jogo, teve uma atitude provocadora para a situação. Ele expulsou o Sidnei e me olhou firmemente e esperando uma reação minha para chamar o árbitro. Não dei esse gostinho sabendo que seriam mais rigorosas. Assisti o jogo do Flamengo contra o Bragantino e falaram sobre minha atitude. Tem muito ex-árbitro falando e tem pouco treinador para falar. Acho que no futebol é preciso equilibrar as forças. Temos que ter mais ex-treinadores para defender os treinadores. Parece que o problema da arbitragem passa somente pelos treinadores. Sempre se escolhe alguém para Cristo. A gente pode melhorar o ambiente, mas não pode acontecer coisas que aconteceram aqui. O lance do Élber é um exemplo disso. Ele estava puxando o contra-ataque, na frente do jogador do Goiás e não tem como Élber sofrer aquela falta. Ele não marca e vai na reação do jogador e mostra o cartão vermelho. São coisas que precisam ser analisadas para a qualidade do jogo melhor que todos querem”, reclamou.

O treinador também fez uma avaliação da partida e valorizou o ponto conquistado. “Classificar como melhor ou pior é um pouco subjetivo. É um campo fofo, o jogo ficou diferente do que a gente esperava. O jogo ficou lento na qualidade de jogo jogado. A equipe apresentou coisas boas, um poder de reação forte, foi buscar um resultado adverso com um homem a menos. Não é fácil jogar 10 contra 11 e a equipe teve cinco oportunidades nessas circunstâncias. Teve a penalidade que o árbitro foi até o monitor e misteriosamente não marcou. Tivemos a falta de Capixaba que foi um defesaço. Tivemos chances com Elias… Uma qualidade de jogo melhor do que o primeiro tempo. Penso que a equipe precisa mudar esse comportamento de sofrer o primeiro gol pra reagir. Precisamos corrigir porque não precisamos estar sofrendo para ter esse comportamento”, disse.

 

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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