RAUL SEIXAS DIZIA QUE: “SOMOS A RESPOSTA EXATA DO QUE A GENTE PERGUNTOU”, mas aí eu me pergunto: o Esporte Clube Bahia é a resposta EXATA do que a gente perguntou? No meio dessas loucuras que futebol nos oferece, o time joga um primeiro tempo de Zé Bulé e um segundo tempo de Pelé e triunfa em meio às broncas gerais dos 45 minutos iniciais e os louros integrais dos 45 minutos finais, com atuação de gala do centroavante Gilberto, que lembrou seus bons e artilheiros tempos.
Fato é que a alegria e o alívio do triunfo não podem esconder a inconstância e a falta de equilíbrio do time quando entra em campo. Segundo o auxiliar de Mano, a estratégia era não perder de muito no primeiro tempo (numa visão simplista) e ver o que acontecia no resto do jogo.
Muitos podem criticar o time que jogou no primeiro tempo com muitas alterações e que realmente foi envolvido pelo Galo mineiro, mas convenhamos, era o que 80% da torcida queria, colocar quem estava mal no banco e dar espaço a quem pedia passagem para dar um chacoalho nos ditos titulares absolutos que deitavam na sua acomodação e que parece ter feito muito bem a Gilberto que entrou “virado no mói de coentro” e viu que é preciso ser efetivo para ter vaga no time do Bahia.
Mano ainda não tem o time não mão e ele o tem modificado sistematicamente em busca dessa batida perfeita, mas, claramente há atletas que não conseguem entender o que é pedido pelo técnico ou que não reúne as características certas para executar o que o treinador pede. Fato é que, embora o nosso treinador ainda não tenha achado esse equilíbrio, ao contrário do treinador anterior, ele não se debruça no que está errado, notoriamente tem buscado uma solução.
Mano ainda não tem as peças que quer na mão e embora insista nas suas convicções, ele tem buscado nos jogadores que tem em mão uma solução enquanto não chegam as tão esperadas contratações. Contratações que aliás não consigo compreender porque não vêm, todos vemos outros clubes bagunçados financeiramente trazer gente ou pelo menos ir no mercado, nós sofremos com a falta de satisfação da diretoria sobre o assunto. Não veem o mercado sul-americano como possível e muito menos aventam jogadores no Brasil, é de lenhar.
Fato é que o time ainda está em posição não condizente com a questão administrativa, que é referência, mas mesmo sendo referência, os jogadores além da questão financeira olham se o clube vai disputar algo relevante. O Bahia tem que entender que estar em cima na tabela vai além da posição no campeonato, mas, mostra também aos atletas o tamanho da exposição positiva que isso traz para suas carreiras. Time que ganha títulos de expressão ou que figure recorrentemente na Libertadores tem mais chances de atrair melhores atletas e não somente uma boa administração trará isso.
Lembro que Mano pediu ambição para o Bahia fazer gol na partida anterior, pediu em campo para seus jogadores, coisa que simplesmente mudou a cara do time no segundo tempo contra o Galo. A torcida quer que o time seja agressivo, que se for perder qualquer jogo (lá ele) que o faça com a dignidade de ter pelo menos tentado fazer algo no campo de jogo, que agrida o adversário, que seja competitivo, que honre o manto. Se tiver essa vontade a recompensa vem, com certeza virá e assim vamos galgar voos mais altos.
Não sou o dono da verdade, ninguém é, mas esse comentário entende perfeitamente que há muito para ser feito ainda e pede aos jogadores (caso leiam essa resenha) que aproveitem o lapso até o próximo jogo e compreendam que antes de temer algum adversário tem que entender que ninguém joga contra o Bahia sem temer o Bahia, ninguém vem de peito aberto contra nós, e esse pensamento tem que estar presente nos atletas.
Que o equilíbrio venha e que os triunfos continuem!!!
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano