E.C Bahia: Não custa nada sonhar com o título da Sul-Americana!

"Que bom que não custa sonhar, alimenta nossa alma...."

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Que bom que a torcida do Bahia e a mídia esportiva, não aceita, não se conforma, com o desempenho do time em campo, pois administrativamente, por mais que queiram encontrar deficiência técnica financeira, não há como não encontrá-la. Que bom que o nosso clube do coração, tenha criado tamanha expectativa de alcançar a tão esperada vaga à Libertadores, pois há anos, não muito distante, lutávamos todos os anos apenas para não cair, sem sequer criar expectativas, e hoje lutamos para subir mais um patamar, ainda que estejamos atravessando esse momento de oscilações.

 

Que bom que temos o Mano, um técnico diferenciado, quando nada no mercado nordestino, quiçá, tenha o destino de nos dar uma Sul-Americana. Que entraria na história do clube como mais uma conquista, dessa vez latina, eu sei que não é nada fácil, no momento atual, o jogo contra o Atlético-MG, também não era. Contudo, fizemos que fosse. Que custa sonhar?

Que bom que não custa sonhar, alimenta nossa alma. “Ilusões perdidas” já tivemos tantas que por acaso, vierem mais uma ou outra, não fará diferença, a diferença mesmo é como vemos as coisas, cada um de um modo único, conforme sua própria percepção. Quando há unanimidade, não há diferença, perde-se a racionalidade!

Que bom que tem quem pensa diferente. Que acredita que a fase ruim, vai passar, que hoje quem não queremos no time, possa em campo dizer realmente, que veio para ficar, quando nada em nossas alegrias. Sei que vivemos em tempo, sem tempo para se colocar no lugar do outro. Somos exigentes e em muitos casos implacáveis, como os outros, e pouco ou nada com nós mesmos.

Que bom que tem essa válvula de escape para apontar, destilar nossas “ilusões perdidas”, fazer a nossa catarse íntima, sobre alguém ou alguns jogadores, técnicos e dirigentes contra todos, para aliviar as tensões do dia a dia, imagine toda essa insatisfação, toda essa raiva, todo esse ódio reprimido, em que poderia resultar, nem quero imaginar.

Que bom que o mal, é efêmero, basta um golzinho, para gritarmos BBMP! Depois de sacudir a poeira, apaziguado momentaneamente as frustrações com o desempenho do elenco, e a vez da razão, atributo extremamente, raro no torcedor, mas há os que têm. Que bom que o mal dura até enquanto o gol não sai.

Que bom que a torcida e parte da mídia, não deixou barato, comprou caro e compra caro cada insucesso em campo, que mal que ambos não entendem que o Bahêa está sendo vítima do seu próprio sucesso em campo nas últimas temporadas. Sucesso? Sim, comparado ao lutar para cair de épocas recentes. A gente é assim mesmo? Não, alguns são assim…

Que mal, que basta passar a nuvem da emoção, tudo volta como dantes no quartel de cada torcedor, a conta da luz chegou, perdeu o busão, o gás se foi, o salário atrasou, mas o Bahêa me paga e como paga, “Bora Bahêa Minha Desgraça! “ Que graça tem torcer sem xingar, sem cornetar, né?

É claro desde que não ultrapasse o limite da razão, e aí é que mora a subjetividade, e no mundo de hoje, em que todos sabem de tudo, todos entendem de tudo, todos escrevem sobre todos e de tudo, mesmo sem saber ou sabendo, pouco importa.

E eu sei, não precisa pensar ou dizer, eu sei sou um desses, só que mantenho o respeito às pessoas. Algo que nesse início de milênio, infelizmente está ficando cada vez mais escasso em todos os segmentos sociais. O novo milênio começou, como era da tolerância zero! Repleto de gols contra, de Covid-19, de 2 + 2, são 5, e de uma hora para outra, como no gol mágico do aniversariante Pelé, viramos sapientes, deuses.

“O técnico do Bahia deveria ser eu, o presidente do Bahêa deveria ser eu, os jogadores do Bahia deveriam ser como eu. Mesmo errado estou sempre certo, eles que erram, eu jamais, eu sou Deus! Sei de tudo, faço de tudo e o melhor não devo satisfação a ninguém, sou Deus! O diabo são os outros!”. E por aí vai…

“Tem outra “coisita”. E sei como ganhar a Sul-Americana, mas não vou contar a vocês, só para o “brother” Mano. Veja bem, Mano, tá hora da mudança: – “Põe o Anderson como nosso centroavante, se dizem que ele toma gol fácil, então vai fazer gols, com mais facilidade que o Gilberto. E esse, que perde gol fácil, vai ser fácil evitar os gols… E o….”

Lázaro Sampaio, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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