Aprendi desde cedo, aos 19 novembros lá pelas bandas de Sampa, tive o prazer de acompanhar a torcida do Corinthians, em comemoração ao título de Campeão Paulista de 1977, após longínquos 24 campeonatos como mero figurante. Recém chegado da Boa Terra, meus colegas de trabalho e amigos, eram todos ou quase todos Corintianos. E bancavam até mesmo os ingressos para assistir os jogos do Corinthians, na esperança de torna-me um deles. Tudo foi em vão, cheguei à conclusão que apesar do assédio amigo dos corintianos, meu coração tem lugar para todos, até mesmo os supostos inimigos, contudo se tratando de clube de futebol, só tinha e tem um único amor no coração, Bahêa! Aquele velho adágio popular troca-se de nome, troca-se de mulher, troca-se de amigos, troca-se até mesmo de sexo, mas time só mesmo que nunca, jamais o amo de verdade, é capaz de cometer tal heresia.
Sou Bahêa, sei que vou morrer um dia, espero que antes de vê-lo tricampeão Brasileiro, e continuarei Bahêa, seja lá para onde for, depois dessa vida! Toda essa viagem, é para dizer que não estou conseguindo ver o nosso Tricolor em campo sem sofrer tanto, a gente tá nessa prisão domiciliar forçada, e uma das válvulas de escape dessa quase depressão, e ver o time do coração, mas haja coração para suportar tanto se… se…
Começa antes da partida, lendo, vendo comentários, opiniões, como todo passional, chegou até mesmo acreditar, dessa vez vai… no decorrer do corre para lá corre pra cá, não sai disso, e depois é ouvir as desculpas, as justificativas quase todas injustificáveis, pior são as promessas dos atletas, após o revés, que na próxima partida vamos acertar, vamos triunfar, pura falácia, tão enganosa quanto dos politiqueiros que elegemos, embora o elenco não tenha o mesmo caráter desses, mas está tendo a incompetência, acredito momentânea, para que o desempenho, o triunfo justifique suas promessas.
Não tenho, nem quero ter a pecha de masoquista, se eu gostasse de sofrer, extrairia um dente sem anestesia. E para completar a analogia, me vem com o mano Mano, tá de brincadeira! Fala sério, é sério, é isso mesmo, agora vamos de Mano Menezes, que todos os Santos e Orixás dos Sertões, Caatingas e dos Pampas digam amém! É o que temos no momento, no momento que é imprescindível ganhar, ganhar de qualquer jeito, sem jeito, ganhar… mesmo que seja, oh meu Deus, na sofrência, mesmo que seja com os calções nas mãos! Lá eles, problema deles, se virem…
Vão se benzerem, para sessão de descarrego, ao Bonfim e não esqueça dos nossos Terreiros, nosso país, por enquanto ainda é laico, embora pareça o contrário, mas nosso povo é ecumênico. Tolerância zero a quaisquer tipos de intolerância!
Seja o que Deus quiser, vamos manos de Mano, peço a Deus, que não seja uma sofrência de grife, que é como usar uma calça Fiorucci falsa, uma réplica de um Rolex, não é mesmo o que se passa por ser. Seja Mano, do jeito que seja, mas seja campeão, de qualquer campeonato, menos o Baiano, pois não tem dado muita sorte aos últimos treinadores do Bahêa, que ganharam. Eu acredito!
Brincadeira a parte, espero que dentro em breve tenhamos em campo, uma defesa que nos transmita confiança e competência para usar a cabeça para botar as bolas nas redes adversárias, um meio de campo coeso, de passos certeiros para os artilheiros correrem para a alegria. Só isso que te peço Mano, isso é porque é nosso mano, imagina se não fosse?
Vamos lá, onde não sei!!! Só sei que mais do que nunca o nosso Blog, tá imperdível, se se já não fosse em razão dos nossos mestres que por aqui escrevem, agora temos mais um, de volta, Erick Cerqueira, só fã desse cara. Se achegue Erick! Vamos lá…
Lázaro Sampaio, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.