Copa do Nordeste com três divisões e restruturação dos Estaduais

Copa do Nordeste com três divisões e restruturação dos Estaduais

Copa do Nordeste teria Taça de Ouro, Taça de Prata e Torneio de acesso

Há muito tempo, acompanho os posts do site futebolbahiano.org e, no meio de vários envios, um artigo especial (cujo autor se chama Max Maximus) me chamou atenção. O link desse artigo é: https://futebolbahiano.org/2020/07/copa-do-nordeste-ainda-nao-esta-consolidada-e-carece-de-melhores-atrativos.html. A verdade precisa ser dita: só existe graça vencer campeonato estadual quando o último clube adversário é um rival. Assistir a final entre Atlético de Alagoinhas e Bahia foi um tédio… Em muitas vezes do jogo (mesmo que sem querer) acabava torcendo para o time do interior vencer a partida (só para presenciar algo inédito no futebol baiano).

 

Depois que o Bahia sagrou-se campeão, falei um “Bora Bahêa” mais sem graça de todos (e isso foi estranho, pois, nas últimas vezes que meu time venceu o Baianão, eu tinha ficado bastante empolgado). Graças à final contra o Atlético de Alagoinhas, percebi que aquelas felicidades anteriores não eram causadas pela conquista do estadual e, sim, por ter vencido um clássico. Logo depois, descobri que não fui o único à experienciar tal tipo de coisa… Um amigo pernambucano afirmou: “assistir o Sport sendo campeão sobre o Salgueiro foi entediante também”.

Assim como o Max Maximus, defendo a existência de três divisões para a Copa do Nordeste: Taça de Ouro, Taça de Prata e Torneio de Acesso, onde: a Taça de Ouro é equivalente à primeira divisão, a Taça de Prata equivale à segunda e, por fim, o Torneio de Acesso corresponde à terceira.

As duas primeiras “Taças” conteriam 16, 18 ou 20 clubes. A última divisão seria composta por campeões e vice-campeões dos estaduais. Supondo a existência de 16 clubes nas duas primeiras divisões, os participantes da primeira edição de cada “série” seriam escolhidos conforme sua posição no ranking nacional de clubes: os dezesseis melhores times nordestinos participarão da série A e, o restante (do 17º até o 32º), estariam na série B.

Exceto no Torneio de Acesso, a fórmula de disputa é: pontos corridos na primeira fase (turno único), semifinal e final. O troféu levantado pelo campeão da Taça de Ouro é o mesmo (a orelhuda dourada inspirada na Champions League), porém, na Taça de Prata, o troféu à ser erguido é uma orelhuda prateada.

Vale ressaltar que clubes presentes nas duas primeiras divisões não podem participar dos estaduais, e, portanto, as federações serão aptas à construir campeonatos estaduais mais longos para os times menores. Se esta mudança for cumprida, é possível existir problemas com preenchimento de vagas para Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro Série D, entretanto, esse é o momento para tal modificação, pois devemos aproveitar a bagunça no calendário causada pela pandemia de Covid-19.

Com certeza, isso reduzirá a quantidade de partidas disputadas pelas equipes. Por exemplo, quando um clube baiano é finalista de Copa do NE e do Baianão, ele joga 25 partidas (sem contar os jogos pela Copa do Brasil e Sul-Americana). Por outro lado, se o Nordestão adotar o modelo apresentado neste texto, o clube baiano finalista do NE disputará, no mínimo, 19 partidas.

Para finalizar esta redação, afirmo que os responsáveis pela Liga do NE poderiam se interessar pelas opiniões dos simples torcedores. Já que todo campeonato é sustentado pelo interesse das torcidas, receber feedbacks dos fãs é uma forma inteligente de aperfeiçoar o torneio. Podemos dizer que um simples torcedor é, também, um consumidor do campeonato e, portanto, este pode, por direito, opinar e sugerir melhorias.

Virar as costas para tais sugestões podem ter consequências graves, pois, quanto maior for esse interesse, maior será a probabilidade de encontrar patrocínios para tal competição. A perda da motivação das torcidas pelo acompanhamento de uma disputa pode, sim, causa a “morte” de um certame. Acredito que o Blog futebolbahiano.org pode ajudar a disseminação dessas ideias que podem ser frutos de novas rivalidades interestaduais.

Gatordesu, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

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Autor(a)

Redação Futebol Baiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



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