Olívia Santana critica declaração de Paulo Carneiro sobre o time feminino

“É inaceitável que o presidente adote posturas machistas e sexistas", disse

Esta semana, ao ser questionado sobre a verba destinada pela CBF para o futebol feminino em entrevista à Rádio Sociedade, o presidente do Esporte Clube Vitória, Paulo Carneiro, afirmou que o clube tem um problema muito mais grave, que é solucionar os problemas herdados das antigas gestões, segundo ele, prioridades “monstruosas e criminosas”, e disparou que os R$ 120 mil foram dados ao Vitória e que “o presidente faz com o dinheiro o que quiser” (leia aqui). Em Moção de Repúdio, protocolada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia e Deputada Estadual, Olívia Santana criticou a declaração do mandatário rubro-negro sobre não repassar o dinheiro ao time feminino, e classificou as posturas como “machistas e sexistas”.

 

“É inaceitável que o presidente de um dos maiores clubes de futebol do nosso estado, de forma reincidente, adote posturas declaradamente machistas e sexistas na condução do E. C. Vitória, deixando de repassar os recursos enviados para ajudar no sustento das atletas, especialmente no atual contexto da pandemia do coronavírus, menosprezando e ofendendo as mulheres e as atletas” declarou Olivia.

A Comissão dos Direitos da Mulher solicitou que o conteúdo da entrevista do dirigente à rádio Sociedade, na última segunda-feira (15), seja encaminhado para conhecimento da CBF, diretoria do Vitória, Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPM-BA).

No início de abril, a Confederação Brasileira de Futebol anunciou o auxílio para os times femininos que estão sem suporte financeiro por conta da paralisação da Série A1 e A2 do Campeonato Brasileiro Feminino em razão do Coronavírus (Covid-19). Os 16 times da Série A1 receberam 120 mil reais, caso do Esporte Clube Vitória, que figura na primeira divisão do futebol feminino. Quem disputa a Série A2, recebeu R$ 50 mil. Sem o repasse, as jogadoras têm recebido ajuda de um grupo de conselheiros (Frente Vitória Popular), que lançou uma campanha #EuApoioAsLeoas, para arrecadar recursos.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

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