Considerado um dos maiores jogadores, eleito por duas vezes melhor jogador do mundo (2004-2005), campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002, milionário, dono de uma vida massa e seguramente com muitos bois na sombra, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho completa neste sábado 40 anos em uma cadeia no Paraguai, sem festejar, sem a presença dos amigos em plena melancolia e com prestígio completamente abalado, seja como for a resolução do problema. Isto após entrar naqueles país junto com seu irmão com passaportes e outros documentos falsos, aliás, algo completamente inexplicável já que sendo brasileiro poderia acessar o Paraguai apenas com a carteira de identidade.
Desde o último dia 6 de março, o jogador está trancafiado em um presídio de segurança máxima na capital paraguaia e teve negado o pedido de prisão domiciliar porque a Justiça entendeu que há risco de fuga e de a investigação de suposta ligação com uma organização criminosa e lavagem de dinheiro ser obstruída.
No último dia 10, o ex-atleta jogou uma partida de futebol na quadra da penitenciária. De acordo com o site Hoy, Ronaldinho marcou 5 gols e deu 6 assistências na goleada por 11 a 2 de seu time, que conquistou o título. A descrição da partida foi feita pelo jornalista Iván Leguizamón ao canal ABC TV.
Além dos irmãos, há pelo menos 12 envolvidos no esquema, segundo o Ministério Público. Entre eles, funcionários do governo paraguaio e o empresário brasileiro Wilmondes Souza Lira, que teria apresentado a Ronaldinho e Assis a empresaria Dalia López, acusada de ter sido a responsável pela fabricação dos documentos falsos.
López é considerada foragida. Segundo o seu advogado, Marcos Estigarribia, ela está com problemas de saúde e deverá se apresentar na quarta-feira (18). Ronaldinho e Assis viajaram para o Paraguai convidados pela empresária para uma série de eventos. A paraguaia já era investigada em caso de lavagem de dinheiro no país.