Sem acordo coletivo para redução de salário em 25% durante a paralisação, ficou decidido que cada clube irá negociar diretamente com seus jogadores e funcionários. Nesta sexta-feira, o Fortaleza anunciou que chegou a um acordo com os atletas e funcionários para reduzir os salários enquanto o calendário do futebol estiver suspenso para evitar o contágio pelo novo coronavírus. O acordo fechado com o elenco prevê que 25% do salário referente ao mês de março só será pago após a crise passar. Sobre o mês de abril, os atletas abriram mão definitivamente de 10% dos vencimentos e outros 15% só serão recebidos depois da paralisação terminar. Dirigentes executivos remunerados também vão enfrentar reajuste ao receber 15% menos dos salários de abril.
“Quando surgiu o problema da pandemia, a gente tem uma preocupação com o clube de como sustentar e manter a estrutura. Mas acima de tudo a preocupação com as pessoas mais humildes, os funcionários, para tentar achar um caminho para que não tivesse demissões Tinha uma situação de uma negociação nacional com os clubes, mas a partir do momento que entenderam que cada clube poderia negociar individualmente com os jogadores, fomos conversar com os nossos jogadores. Eles foram sensíveis, entenderam e fizeram, inclusive, o pedido para que preservassem empregos”, disse o presidente do clube, Marcelo Paz.
O único acordo selado coletivamente entre clubes e a entidade que representa os jogadores é o da concessão de férias de 20 dias, válidas a partir de 1º de abril. Os demais temas como redução salarial, férias de fim de ano e acerto com os demais funcionários ficam a cargo de cada diretoria. “Talvez isso (a redução feita pelo Fortaleza) possa inspirar outros clubes e empresas a fazerem o mesmo. O objetivo foi criar uma rede de proteção”, acrescentou.