O técnico Roger Machado, em entrevista coletiva após o empate em 2 a 2 com o Ceará na Arena Castelão pela Copa do Nordeste, tentou justificar o gol sofrido aos 48 minutos, depois das mudanças feitas no segundo tempo colocando a equipe tricolor toda no campo de defesa e passando a jogar nos contra-ataques, acabando por ser castigado no apagar das luzes. O treinador aprovou a atuação do time, porém, se diz frustrado com o resultado pelas circunstâncias da partida. Sobre as alterações feitas após o Esquadrão marcar o segundo gol, Roger explicou que a ideia era “fortalecer um pouco o meio, porque justamente o Ceará iria para cima naturalmente empurrado pela necessidade do resultado”.
“Pela circunstância da partida, obviamente a gente gostaria de levar os três pontos que nos daria um salto na tabela importante. Depois do nosso gol, a ideia foi fortalecer um pouco o meio, porque justamente o Ceará iria para cima naturalmente empurrado pela necessidade do resultado e pela sua torcida. A partir desse momento, a gente começou a contra-atacar e não mais fazer o jogo que estávamos fazendo. Numa dessas lançadas à área, a gente teve uma desatenção, a bola ficou viva e o adversário conseguiu o gol de empate. Frustra pela necessidade e desejo dos três pontos. Agora eu tenho que elogiar minha equipe, porque atuou bem. Parte do primeiro tempo quando a gente fez o gol e depois no segundo tempo inteiro, com exceção desse lance no final da partida”, afirmou durante a entrevista coletiva.
Roger também falou sobre o esquema tático. “Não joguei no 4-3-3. Joguei exatamente como entramos hoje. Entrei com Clayson de um lado, Élber por dentro e com Gilberto e com o Rossi. Dois volantes atrás e deixando o Élber flutuar. Da mesma forma que jogamos hoje. No primeiro tempo, como o Ceará fecha muito o lado da bola, e a gente estava flutuando pouco por dentro, isso impediu que tivesse um jogo mais organizado. A partir do intervalo, a gente teve um pouco mais de controle do jogo dentro do campo adversário. Não alterei. Alterei para o jogo da Sul-Americana. Hoje foi a mesma coisa. As alternativas da partida. Talvez porque no banco não tinha nenhum jogador de velocidade. Se tivesse, teria colocado para a gente contra-atacar também.”
O treinador também analisou o gol sofrido no apagar das luzes. “Ímpeto do nosso adversário em começar a lançar bolas na área. Talvez a gente não tenha cortado devidamente para evitar esses cruzamentos. Depois, dentro da área, a gente estava com superioridade numérica. Houve no lance uma dúvida entre o Lucas e o Arthur Caíke para retirar bola. Ela ficou viva, houve a finalização. Jogada muito mais ao acaso do que construção. A gente poderia ter muito bem agastado o perigo. Não foi um erro conceitual, estratégico, tático.