O Fortaleza desembarcou em Salvador festejado. Em grande fase e ostentando o melhor desempenho dos nordestinos no último Campeonato Brasileiro da Série A. No entanto, quando a bola rolou o time Cearense nada apresentou sendo que foi facilmente dominado pelo Vitória durante os 90 minutos de jogo, porém, desperdiçando as oportunidades criadas. Depois da partida o técnico Rogério Ceni considerou justificou o jogo moroso e sem tantas chances reais de gol pela falta de velocistas, já que o Fortaleza não trouxe nenhum jogador de lado para a temporada 2020, mesmo tendo perdido Edinho, Felipe Pires, Mateus Alessandro e André Luís.
“Foi um jogo bem parelho, igual para os dois lados. Não tem muito o que esperar de forma diferente. Tenho que poupar ao máximo o Romarinho e o Osvaldo, que são nossas únicas válvulas de escape, não podemos perder eles por lesões, então tive que tirar entre os 70 ou 75 minutos para não matar eles”, explicou Ceni.
No segundo tempo da partida, quando lançou Edson Cariús e Ederson, o treinador mudou o esquema de jogo, deixando dois atacantes mais à frente e formando duas linhas com quatro jogadores atrás. Outras formações deverão ser testadas, segundo Ceni, devido a falta de jogadores de ponta. “Para manter o mesmo sistema do ano passado precisa chegar no mínimo dois a três velocistas bons”.
O técnico do Fortaleza revelou que desde dezembro escolheu oito atletas para que a diretoria buscasse negociações, mas nenhuma avançou. “Salários muito altos ou não temos o montante para o valor da transação, mas já escolhemos faz 30 ou 40 dias”, disse.
Ele admitindo que observa o mercado sul-americano, mas não alimenta muitas expectativas da vinda de reforços de países vizinhos. “Sempre olhamos, na maioria colombianos, equatorianos, um argentino ou outro, mas o problema é que o dólar é uma moeda cara. Tá tudo muito caro, jogadores estão ganhando bem, transações cada vez mais pesadas, empresários interferindo muito no futuro dos atletas”, disse o treinador na entrevista coletiva após o jogo.