Após longos seis meses e meio de disputa, encerra-se a melhor e mais importante competição futebolística do Brasil que é, sem sombras de dúvidas, o Campeonato Brasileiro, com o Flamengo sagrando-se campeão (sem precisar entrar em campo) mas, com todos os méritos, quando ainda faltavam quatro rodadas para o seu término enquanto Avaí, CSA, Chapecoense e Cruzeiro, esses dois últimos, debutantes no rebaixamento à Série B, haja vista de se tratar de quedas inéditas. É bem provável que, após o confronto de Fortaleza 2 x 1 Bahia, o torcedor do Esquadrão já tenha feito seu juízo de valor a respeito do comportamento do tricolor dentro da competição quando, por muita sorte, ainda conseguiu se segurar na 11ª colocação, graças ao Vasco que vencia à Chapecoense por 1 a 0 e cedeu o empate dos 47 minutos do segundo tempo e, também, ao Atlético Mineiro que empatava de 1 a 1 com o Internacional e recebeu a virada aos 52 minutos do segundo tempo, placares que livraram o tricolor de amargar uma 13ª colocação na competição.
Imagino que tem torcedor satisfeito, insatisfeito, decepcionado, frustrado, aborrecido, aliviado, enfim, cada um tem suas críticas, elogios, ponderações, lamentações…! Para falar a verdade e ser sincero, em nenhum momento da competição, principalmente, durante o hipotético primeiro turno quando o tricolor ocupou a primeira página da classificação, em grande parte das dezenove rodadas, sempre rondando ou inserido no G-6, quando conseguiu fechar à 19ª rodada com 31 pontos ocupando, salvo engano, a 8ª posição, nem com tão boa performance, apostei ou previ a possibilidade do tricolor chegar no final da competição credenciado à disputar em 2020 na fase de grupos da Copa Libertadores da América ou, no mínimo, a Pré-Libertadores, feito que já estaria de bom tamanho, por entender que em função da diretoria do Esquadrão ter armado um bom time para jogar a competição, pecou na formação do elenco, não contratando reforços qualificados que pudessem suprir às demandas dos titulares quando estes estivessem impedidos de atuar por motivos de lesões ou punições.
Foi nesse quesito que reprovei, veementemente, algumas contratações equivocadas e/ou desnecessárias feitas pelo clube, cujo desempenho dos contratados não correspondeu não só, as expectativas do contratante e, muito menos, dos torcedores. Foi o caso do Guilherme (ex-Corinthians), Xandão (ex-CSA), Ezequiel (Fluminense), Alejandro Guerra (Palmeiras), Lucca (Corinthians), Shaylon (São Paulo) e outros, incluindo o Rogério, um atacante mediano, cujas passagens nos últimos cinco anos pelo Náutico, Vitória, São Paulo e Sport, deram mostras que se trata de um atleta meia-boca, além de nessa temporada, ter tido uma boa frequência no departamento médico do Esquadrão e aí, o profissional já não responde bem dentro campo e ainda com esse histórico de lesões, o custo/benefício vai pra o beleléu.
Como já disse que em nenhum momento da competição apostei pule no Bahia para uma eventual classificação à Libertadores, foi uma grande surpresa e um tremendo baque para mim a brusca e acentuada queda de produção do time no suposto segundo turno do Brasileirão, quando em 57 pontos disputados, num fracasso que só os Deuses do futebol poderiam explicar, o time só conseguiu míseros 18 pontos, ou seja, menos de 1/3 de aproveitamento, pontuação muito aquém daquela obtida no suposto primeiro turno.
Portanto, já antevendo à próxima temporada, os cartolas do Esquadrão devem reimplementar o que deu certo nesse ano de 2019, abominando para 2020 tudo o que foi feito de errado pois, só assim, poderemos ter um Esquadrão forte, gigante, competitivo e vencedor para que possa coadunar com os anseios, os propósitos e os desígnios da sua legião de torcedores. BBMP!
José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.