Enderson Moreira no Bahia: Prolongar isso, é brincar com a sorte!

"É muito pouco para o material humano que foi colocado à sua disposição"

Foto: Felipe Oliveira / ECB

O Esporte Clube Bahia decepcionou e simplesmente deu adeus à Copa Sul-Americana eliminado pelo modesto time do Liverpool-URU, uma equipe sem tradição ou feito importante no futebol do próprio país, além disso, que jamais havia avançado para segunda fase do torneio e vinha apenas no seu terceiro jogo oficial na atual temporada. E mesmo sem apresentar absolutamente nada nos dois jogos, o time uruguaio conseguiu eliminar o Tricolor Baiano, que foi superior nos 180 minutos, mas faltou competência e eficiência ao time do técnico Enderson Moreira.

O time tricolor fez quase 80 finalizações a gol e apenas 4 no gol, dessas, quase todas nas mãos do goleiro, que infelizmente para o Bahia, não era cotó ou tetraplégico. O time não preparava a jogada, ‘chuveirava’ ou chutava sem capricho.

Os atacantes não tentavam quebrar as linhas com dribles ou triangulações, e os meias jamais enfiavam (lá ele!) uma bola por dentro da zaga. E mais uma vez, ao substituir, o time involuiu em campo, tornando o jogo completamente controlado pelo adversário.

Enderson não arrumou a defesa, o meio campo e nem o ataque. E ao utilizar o banco de reservas, o time sempre involui e passa a ser completamente dominado pelos adversários. O time não cria, nem marca, apenas chuta de fora da área sem preparar a jogada e dá chuveirinhos. É muito pouco para o investimento realizado e o material humano que foi colocado à sua disposição.

Artur atuou o primeiro tempo muito longe da área, sendo Nino o atleta mais agudo do time, sem menosprezar o nosso lateral, que fez uma partida “Ok”, mas ficamos realmente a nos perguntar finalmente, quais dos dois atletas possuem maior capacidade para definir uma partida? Claro que é uma pergunta retórica…

No contexto de falta de qualidade no setor de criação, e que quando lança mão dos atletas do banco, jamais o time cresce de rendimento, é nesse momento que emprestamos Régis para reforçar uma equipe rival? São muitos erros para tão pouco tempo. Prolongar isso, é brincar com a sorte.

Ramon Santos, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.



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