A inauguração da Via Barradão batizada como Avenida Mário Sérgio, em homenagem ao ex-jogador do Esporte Clube Vitória, vítima do acidente com o avião da Chapecoense em 2016 foi motivo de homenagem de dois ex-colegas de clube do craque, os ex-jogadores Osni Lopes e André Catimba. Os jogadores estiveram no estádio Manuel Barradas nesta ontem à tarde e relembraram os momentos em que, juntos, defenderam o time rubro-negro.
Os três atuaram entre os anos de 1971 e 1974 e ficaram conhecidos como o tridente ofensivo de 1972. Osni lembra que chegou a morar com Mário Sérgio na ‘Toca do Leão’, como é conhecida a sede do Clube, e garante que a parceria ia além do campo. “Eu tinha no Mário um irmão e ele me acolheu muito quando cheguei no Vitória em 1971. Eu acompanhei seu casamento, viajávamos juntos e nunca perdemos o contato. A nossa amizade sempre foi a melhor possível. Até quando comprei meu carro, quem testou primeiro foi ele. Era um cara irreverente, brincalhão e muito amigo”, revela.
Já André Catimba cita a qualidade técnica do colega. “Ele era um mestre dentro de campo e não teria tempo suficiente para citar todas as suas virtudes como jogador. Esta é uma homenagem muito justa e inicialmente não acreditei. Mário foi um lutador e batizar esta via com seu nome é merecido”, pontua.
O presidente do Esporte Clube Vitória, Ricardo David, afirma que a homenagem é um reconhecimento importante para a nação rubro-negra. “Todo clube tem a sua história e Mário Sérgio é parte extremamente importante na história do Vitória. Ele formou o ataque que encantava a todos na época, junto com Osni, Catimba e Gibira. É uma homenagem mais do que justa que assinou o seu nome na história do nosso clube”.
As obras da avenida contam com investimento de R$ 40 milhões e estão sendo conduzidas pela Companhia de Desenvolvimento do Estado da Bahia (Conder), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur).
O ex-jogador Osni ainda aproveitou para destacar que a obra vai melhorar o acesso da torcida ao estádio. “Quando viemos para cá este local era uma chácara e a situação era bem diferente e tínhamos uma estrutura muito menor. Hoje, o estádio é uma potência e essa via será muito proveitosa. A torcida reclamava muito e no mais é que o estádio fique sempre cheio e a torcida possa entrar e sair com mais tranqüilidade. O Governo do Estado acertou na homenagem . O Mário Sérgio não poderia estar de fora disso”, conclui.