O Fluminense segue em maus lençóis e com os 30% de suas receitas bloqueadas. O clube até tentou desbloquear, porém, teve o recurso negado. A decisão do desembargador Guilherme Couto de Castro foi publicada nesta segunda-feira e recusou os argumentos do clube, podendo gerar uma série de consequências.
A ação que determinou o bloqueio de parte das receitas do Fluminense, de autoria da Procuradoria da Fazenda Nacional, corre na 10ª Vara de Execução Fiscal. Ela remonta a 2013, quando da venda de Wellington Nem ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Na ocasião, o ex-presidente Peter Siemsen não cumpriu a decisão que penhorou o dinheiro do negócio para o recolhimentos de impostos em atraso.
No recurso apresentado, o Fluminense argumentou que o bloqueio prejudicaria a vida financeira da instituição, incluindo o pagamento de funcionários e de parcelas do Profut. Como não foi atendido, poderá não cumprir a promessa de regularizar os salários atrasados até o dia 31 de janeiro.
A direção do Fluminense contava com o dinheiro da venda de Wendel ao Sporting, de Portugal, que pode atrasar. O clube europeu acordou depositar os 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 29,1 milhões) da negociação até a próxima quarta-feira.
Cumprindo o prazo, 30% ficarão retidos. A decisão ainda pode afetar futuras vendas, como a de Henrique Dourado, e incide nas demais receitas, como direitos de transmissão, bilheteria e patrocínios. Caso os atrasados não sejam pagos, o diretor esportivo Paulo Autuori pode deixar o clube. Os jogadores têm de receber ainda 13º e férias de 2016 e 2017 além de cinco meses de direitos de imagem.
A Procuradoria busca o pagamento de R$ 31 milhões devidos pelo clube, referentes ao não pagamento de Imposto de Renda e INSS no período 2007-2010. O Tricolor não se manifesta sobre o caso.
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