No começo do ano, por aqui muito se comentou a respeito das políticas de contratações dos dois maiores clubes baiano para a temporada de 2018. O Vitória renovado desembarcou em janeiro com uma direção recém eleita e um diretor de futebol ouvido e visto como experimente, ainda que tenha vindo do rádio, aliás, um segmento que raramente sai algo que preste.
Mas inovou, trouxe quase uma dezenas de jogadores afamados, muitos experimentados e alguns imprestáveis para seus clubes de origem e outros, simplesmente inutilizáveis para o própria Vitória, como foi o caso do Jesús Dátolo e outros.
Enquanto seu rival local, optou para o que foi chamado de contratações de jogadores de potencial de crescimento, algo que soava como esquisito. Honestamente acreditei na opção rubro-negra em montar um time para o BRASILEIRO antes mesmo do Campeonato Baiano, algo que em tese, daria chances para todos os ajustes necessários antes do inicio do torneio da CBF. O que não rolou iria embora e os aprovados estariam já em casa e os retoques aconteceriam no tempo ideal e em menor quantidade. Essa era a minha matemática.
Grande engano, nada prestou e nada foi reposto. Tudo reprovado e o ano do Leão foi terrível ainda que tenha conquistado o quase nada que chamamos de Campeonato Baiano, que nem de consolo já não pode ser utilizado.
Hoje temos um Vitória com uma torcida entristecida e completamente desapontada pelas incertezas da permanência 1ª divisão. Foram raras rodadas de trégua ou calmaria em uma campanha ridícula de forma quase ininterrupta com apenas lampejos longe de Salvador e vergonha continuadas dentro do santuário do Barradão misteriosamente transformado em capela, resultando como conseqüência um Vitória todo enrolado e atolado no Z4 na penúltima rodada do Campeonato enfrentando um adversário fora de casa e para agravar, completamente assombrado pelo rebaixamento assim como o próprio Vitória.
E assim deste jeito apavorado que neste Domingo o Leão faz um jogo quase ao estilo ou dá ou desce. Precisa vencer a Ponte Preta no Moisés Lucarelli de qualquer jeito. Não existe outra forma ou uma 2ª alternativa.
Uma derrota é praticamente o fim de linha, inclusive pode levar o clube para a vice-lanterna da competição. O empate deixará de depender só de si e vencer o Flamengo na última rodada, não bastará para sobreviver já que dependerá de tropeço do Sport-PE contra o Corinthians em Recife.
Para complicar e reduzir fé a campanha fora de casa perdeu a força já que nas últimas cinco partidas, foram três empates e duas derrotas. No entanto, batendo aquele velho caboclo para reviver seus melhores momentos e vencendo, rebaixa a Ponte Preta e pode sobreviver com um simples empate contra o Flamengo dentro do Barradão na última rodada.
Ficha técnica
No Moisés Lucarelli, às 16h (da Bahia), em Campinas (SP)
Domingo, 26, às 16h (horário da Bahia)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Sidmar dos Santos Meurer (trio de Minas Gerais)
Ponte Preta – Aranha, Nino Paraíba, Rodrigo, Luan Peres e Jeferson; Elton, Wendel, Danilo e Léo Artur; Lucca e Léo Gamalho. Técnico: Eduardo Baptista.
Vitória – Fernando Miguel, Patric (Caíque Sá), Kanu, Wallace e Geferson; Ramon, Uillian Correia, José Welison e Yago; David e Tréllez.
Incendiou o Z-4: Sport-PE vence o Fluminense e atira o Vitória na ZONA