“Fair-play” financeiro urge contra o assédio comercial no futebol

O final feliz mais desejado para a torcida baiana serão os dois times baianos conseguirem permanecer na série “A”. Aqui em Pernambuco a situação é um pouco mais delicada. Hoje, caso a Ponte ganhe do Fla, o Sport entrará no “Z4”, enquanto seus coirmãos pernambucanos lutam para permanecer na série “B”. Essa situação dos clubes nordestinos não pode ser considerada surpresa diante do desnível financeiro das equipes. Contudo, há um ingrediente que muitos estão sem perceber: o assédio aos jogadores e técnicos que aqui na nossa região despontam.

 

A situação do Sport recentemente me chamou a atenção por causa do caso de Diego Souza que estava a desempenhar seu melhor futebol até o Palmeiras oferecer uma milionária possibilidade de transação e o Sport-PE recusar. Esse fenômeno de assédio o Bahia sofreu também recentemente com seu técnico no começo do campeonato, e até agora depois da saída de Guto o Bahia não conseguiu resolver o problema de seu comando, inclusive improvisando um jogador de futebol sem a menor experiência para estar a frente do comando técnico do Esquadrão.

 

Essa situação de assédio o ocorreu de forma dramática com o Santa Cruz-PE. Seus três melhores jogadores, Keno (Palmeiras), Marco Antonio (Botafogo) e Paulinho (Bahia) saíram do Santa em busca de novos ares e deixaram o Santa sem qualidade no seu ataque. Uma tragédia para o tricolor pernambucano que ficou em último lugar no campeonato brasileiro do ano passado e deverá brigar ainda para não ser rebaixado mais uma vez para a série “C”. O assédio de empresários aos jogadores do Santa (time que descobre bons jogadores) é muito comentada aqui em Recife.

 

É verdade, também, que o Bahia e o Sport também praticam esse assédio comercial no sentido de buscar os melhores atletas. Por isso, esses clube não podem se dizer vítimas, mas ao contrário participam também da decadência do futebol nordestino ao conviver com práticas antiéticas que acabam por desfavorecer o futebol da nossa região, uma vez que não temos como competir financeiramente com os clubes do sudeste que possuem meios para praticar assédio comercial contra os interesses dos clubes da nossa região.

 

A questão agora, portanto, é proteger nosso futebol. Não pode esse sistema sobreviver baseado apenas no comercio, pois alguma regulação é preciso ser inventada a fim de não atrapalhar os clubes da nossa região e fortalecer os campeonatos em detrimento do poder financeiro de um clube ou de outro. Hoje, a questão da ética invadiu as pautas das empresas em função da lava-jato. Está na hora dos clubes começarem a pensar em boas prática de “fair-play” financeiro, pois o torcedor acabar por perder o interesse quando vislumbra um futebol de cartas marcadas.

 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

Deixe seu comentário