Foi um jogão. Vermelho, azul e branco pra todo lado, grandes lances, dois grandes treinadores e jogadores extremamente motivados. De um lado um time menosprezado, que sofreu ofensas na semana da partida. Do outro o franco favorito a seguir adiante no Campeonato. Mas os grandes craques do time desacreditado, usaram as ofensas como estímulo e conseguiram a heroica classificação, muito comemorada com sua Torcida. E depois de toda essa grande emoção, vibração, excelente futebol, fui obrigado a assistir Paraná e Bahia… 🙁
As vezes a lógica briga com o ego do treinador. E nesse caso, sempre quem acaba perdendo, é o clube. Os erros de Guto sempre eram encoberto por triunfos nos jogos. Dessa vez, não rolou…
Sempre defendi Guto Ferreira por acreditar no trabalho dele. O rodízio deixou 2 times do Bahia bem treinados e definidos. Aí, quando tudo parecia ir bem, veio o “grande teste” (pqp, era um time de série b). O time do Paraná pode ter todas as qualidade técnicas que vocês poderão acompanhar na análise tática do jogo, se o Diogo Silva escrever. Mas em todos os aspectos, exceto em ATITUDE, o Bahia era superior. Pensando nisso, já se falava na maratona de jogos fora, contando já com o jogo em Arapiraca. Quando ouvi aquela entrevista no rádio, pensei: vai dar merda. Pensar no ASA antes de passar pelo Paraná, era de uma arrogância digna dos times do sudeste. E os jogadores do Bahia estavam com isso na cabeça. Lembrou aquele 3×0 que tomamos do Conquista em 2015, quando os jogadores só pensavam na Final da Copa do Nordeste. E foi isso.
Pra piorar, Guto divulga uma escalação que qualquer Torcedor do Bahia tinha a certeza de não ser a melhor. Lucas Fonseca não pode jogar e deixar Eder no banco. Juninho, que seria titular absoluto em qualquer clube do Brasil, não pode assistir os esforçados Edson e Renê Junior. Juninho é o craque e xodó da Torcida. Tirá-lo do time é comprar briga com quem faz do Bahia ser o que é. Maluquice. E começa o jogo.
O Bahia consegue se impor durante os 90 minutos. Mais time que os donos da casa, domina as ações da partida mas perde nas finalizações. Hernane fez uma boa partida, porém não conseguiu marcar. Zé Rafael e Diego Rosa desperdiçaram chances claras. E seguia o 0x0.
No segundo tempo a expectativa era enorme. Mas num cruzamento na área, Lucas Fonseca não pula, cai, e o zagueiro dos caras cabeceia de forma fulminante para marcar o primeiro gol em Jean. 0x1 pros caras.
Aí Guto resolve mexer e coloca quem? Cajá. PQP! Renato Cajá, que vinha sendo destaque negativo em jogos contra os times do interior da Bahia, entra como solução. E entra no lugar de Régis, que vinha bem. Cajá faz 3 lances certos, para alegria de meu irmão Vinicius, mas depois volta ao normal. Outra alteração e agora Juninho entra e… opa, entrou “Marco Lête”, para fazer sua estreia tomando 1×0 fora de casa em jogo que não poderia perder. Mas falta uma alteração e Guto iria colocar o melhor jogador do time para tentar empatar a partida e… entra Gustavo.
O que pareceu foi que Guto Ferreira tava jogando Elifoot98. O time tomando 1×0 fora de casa, enche de atacante num 4-2-4 e reza. Pra azar de Guto os caras fizeram o segundo e acabou o planejamento de Guto. 2×0 e tchau Copa do Brasil.
Bora Baêa Minha Porra! Bora pensar na Copa do Nordeste e no Ednaldão. Foi vergonhoso, triste mesmo. A primeira derrota do Tricolor veio justamente quando não podia acontecer. Mas esperei a explicação de Guto. Ele disse que escolheu Lucas a Éder por causa da estatura e da experiência. Lucas falhou nas bolas altas e foi determinante para a derrota. Sobre Juninho explicou (só rindo): hoje não entrou, mas já entrou em outras partidas.
Cajá entrou e acertou 4 jogadas e depois morreu. MarcoLête não disse pra que estreou e Gustavo bateu cabeça na área com zagueiros e Hernane. Gordiola, na boa, perder no futebol é normal. Depois é levantar a cabeça e pensar nas outras competições. Agora perder escalando mal e fazendo alterações piores ainda, não dá.
Sou contra o #ForaGuto (isso já deu merda no Brasil e não quero no meu Bahia), mas ele precisa tomar um puxão de orelha sobre essa presepada com Juninho. Na dúvida, fico com o atleta.
