Bahia e Altos/PI pela Copa do Nordeste, reabertura da Fonte Nova, o time titular em campo após 15 dias e eu… de babá em casa, com Thor, para a digníssima assistir aula. Até que um amigo ligou e disse as palavras mágicas: tô com ingresso aqui, vai? Aí me quebra. Ligo pra ela quase chorando e faço ela voltar pra casa pra eu ir pro jogo. Na saída a frase profética: pra que vai levar carteira? Jogo ali na Fonte é tranquilo. E parti. Buzu até o viaduto da Pitangueiras, e descida correndo pela Ladeira do Pepino. Enfim, Fonte Nova.
Lá dentro fui pro Lounge Premium. Tudo muito gourmetizado, clean, silencioso… parece lounge de camarote de carnaval. Assisti o primeiro tempo da partida ali, mas confortável que o sofá de minha casa. Em campo um Bahia “voluntarioso”. Um domínio da partida, tomando alguns contra-ataques, mas nada que chegasse a preocupar. Nem de um lado, nem do outro. Jogo frio e tão sem graça quanto as comidas da Fonte Nova (exceto a coxinha que é óleo puro). Num primeiro tempo morno, destaque positivo para Hernane, Zé Rafael e a única dupla de zaga, dos times da Série A, que ainda não tomou gol.
Agradeci ao amigo o lounge, mas desci pra assistir o segundo tempo no Oeste. Aí o time mudou. O domínio da partida passou a se transformar em efetividade. Hernane, que critiquei tanto nos últimos jogos continuou tentando, e numa jogada pela esquerda, Armero toca pra trás, Deigo Rosa (horrível em campo) tenta de primeira, perde e a bola sobra Hernane. Ali, dentro da área, de cara pro goleiro, o miserável teve a frieza de driblar 2 marcadores antes de chutar para abri o placar. Golaço do Brocador. 1×0.
O jogo seguia sem muitas mudanças até que João Paulo entrou em campo. Na primeira jogada do menino, tabelou com Éder, que foi na linha de fundo e tocou pra ele. João Paulo ajeitou com açucar pra Régis chegar batendo. Outro golaço na Fonte Nova. 2×0.
Aí o maluco do juiz resolveu aparecer. Não bastasse ele errar uma porrada de lances fáceis, para os dois lados, o sergipano me inventa um pênalti que só ele viu. Jean evitou a tragédia maior da arbitragem e pegou o pênalti. No rebote, outra vez Jean. Pronto. A Torcida do Bahia já esqueceu de pedir um “goleiro mais experiente” e Jeanzinho caiu nas graças da galera.
Logo depois, numa falha absurda da zaga piauiense, a bola sobrou pra João Paulo. O garoto parou, pensou e tocou com tranquilidade para fazer o primeiro dele no time profissional e fechar o caixão do Altos/PI. Bahia 3×0.
Bora Baêa Minha Porra! O time se comportou muito bem no segundo tempo, porém achei a primeira etapa frustrante. Parecia que estavam com freio de mão puxado, aquelas miséra. Deve ser ressaca do Carnaval. Mas o importante é a volta pra Fonte, a festa, a goleada, a liderança isolada no grupo da Copa do Nordeste, a volta do Brocador, a revelação do garoto João Paulo e, claro, a afirmação de Jean entre as traves Tricolores.
PS. Lembra do conselho da esposa, lá no começo? Pois é. Na comemoração dos gols perdi a porra da carteira. Mas tudo de boas. O importante é o meu Bahia, “Bolôcô”, como diz meu filho Thor.