Fala, Nação Tricolor. Não sei se vocês pensaram o mesmo que eu, mas cheguei a comentar nas redes sociais que o Bahia subestimou o Touro do Sertão. Em campo um dos fortes candidatos ao G4 do Ednaldão, jogando em casa, com sua torcida. Do outro, o maior vencedor de títulos do Campeonato Baiano. Porém, quando a bola rolou, ficou nítido que eram apenas 11 contra 11.
Bahia e Fluminense fizeram um jogão no primeiro tempo. Com 10 minutos Gustavo já havia tentado três vezes e as chances dos do outro lado também aconteciam. O ritmo forte da partida mostrava que o 0x0 não sobreviveria por muito tempo.
O Tricolor, longe de fazer uma grande apresentação com seu time b, ou misto, sei lá, não se imponha diante do time do interior. A zaga dava muito espaço. No ataque, mais uma vez, a bola parada de Juninho foi fatal. Numa cobrança pela esquerda, rasteira como a última cobrada em PituAço, ele encontrou Eder, que tentou duas vezes mais conseguiu abrir o placar. 1×0.
O Bahia se empolga e o Flu desaba em campo. Três jogadores saem por problemas de contusão, ainda no primeiro tempo. Fim de papo e vamos pro intervalo vencendo.
Vem o segundo tempo e com 4 minutos um maluco deu uma bênção de capoeira no pescoço do Juninho Capixaba. Expulsão justa. Aí você pensa: o Flu morto em campo, com jogadores cansados do último jogo e da viagem de Guanambi pra Salvador, com um a menos em campo e perdendo de 1×0. O Bahia vai pra frente, né? Nada.
Com o time B no campo, restava a Guto um banco cheio de meninos da base. Aí ele segurou o quanto pode, Diego Rosa que não fez nada, nos 60 minutos que ficou em campo. Cajá pensava certo mas o corpo não acompanhava mais a ordem do cérebro, Gustavo cansou, Juninho não brilhou e nada aconteceu. Virou de baba de menino. Com Éder, Becão, Juninho Capixaba, Marco Antonio, Mário, Kaynan… o Bahia virou um time facilmente contido pelos 9 zagueiros do Fluminense. O Touro passou a se segurar e só saia no contra-ataque na boa. O Bahia não conseguia vencer a marcação e Guto não tinha mais o que fazer.
No final da partida, numa confusão da miséra na zaga do Bahia, no bate-rebate, a bola vai pro escanteio. Na cobrança, pancada no travessão e na volta gol dos caras. 1×1. Aliás, um merecidíssimo 1×1.
O Bahia foi tão mal na segunda etapa que parecia estar contente com o resultado até os 30 do segundo tempo, mesmo jogando com um a mais. Faltou ousadia, faltou vontade de fechar o caixão do Touro, faltou comprometimento em alguns lances, faltou sangue no olho. Sobrou displicência, pontaria e determinação. E isso, não faltou do lado dos caras. Então cercar o árbitro no fim do jogo foi idiotice e querer desmerecer, ainda mais, o Tricolor de Feira.
Bora Baêa Minha Porra! Perdemos 2 pontos numa bobeira absurda e, dessa vez, acredito que o rodízio causou indigestão. Como havia dito num outro jogo: o perigo do time B é o banco de reservas C. E contra um dos líderes da competição, não poderia subestimar…
Mas tudo bem, preservou o time principal para jogar contra o Paraná, no sábado de Carnaval. O resultado desse jogo, lá em Curitiba, é quem vai dizer se a indigestão causada pelo rodízio trará, ou não, prejuízos ao Bahia. Até lá.
PS. Não esqueçam de curtir a página do facebook, o #ForaEdnaldo. Bom um Campeonato Baiano mais forte e mais organizado.