O Bahia mais uma vez vacilou fora de seus domínios, dessa vez, deixou pontos lá em Feira de Santana, cedendo um empate (merecido) para o Flu de Feira, atual terceiro colocado do “Ednaldão”. Em um primeiro tempo de correria e boas chances de ambos os times, Éder (zagueiro/lateral direito) marcou o gol do Esquadrão aproveitando cruzamento de Juninho, o Bahia foi para o vestiário tranquilo, com a vantagem mínima no placar.
Já o Touro do Sertão, tendo queimado as três substituições no primeiro tempo devido a contusões, mantinha o foco em voltar nas palavras de Jorge Wagner: “Na superação”, venhamos e convenhamos que superar o Bahia longe de Salvador não tem sido nenhuma tarefa Hercúlea, entretanto, logo aos dois minutos, em lance esquisito, digno dos chutes de Anderson Silva ou Mirko Cro Cop, o defensor Eduardo, levanta o pé na altura do rosto de Juninho Capixaba, vermelho direto.
O empate ficou distante, o Flu se retraiu, passou a se defender das investidas do Bahia, do banco Guto definiu sua estratégia: “faz a bola rodar, faz a bola rodar”, queria ele que a superioridade numérica do Bahia fatigasse o Touro do Sertão, para no fim do segundo tempo dar o golpe de misericórdia.
Aos 34 minutos do segundo tempo, põe Marco Antônio e Kaynan no jogo, agora, o ataque descansado e com os meninos da base querendo mostrar serviço, pensei: “é agora que sai o tento”, nada, diante do time quase sub-20, o Fluminense cresceu, após os acréscimos, foi todo pra o ataque e num escanteio a bola resvala no travessão, sobra na cabeça de Rogério, que fura a meta do Esquadrão, no apagar das luzes, o gol “na superação” do Fluminense foi mais do que merecido.
Méritos ao Touro do Sertão, persistente, guerreiro, lutou até o final e mesmo com um a menos conseguiu arrancar o empate. Já o Bahia, chegou a hora de rever, será que esse rodízio ainda vale a pena?
Acredito que já deu para a torcida e técnico perceberem quem pode ou não atuar no elenco do Bahia, a base nos trouxe boas surpresas esse ano, Juninho Capixaba por exemplo, mostrou personalidade e pode vim a ser um lateral que em muito contribua para o elenco. Entretanto, diante dos resultados, é perceptível a necessidade de manter um time fixo, que possa entrosar melhor e passar a demonstrar potencial de crescimento em jogos.
Por fim, torcer para que o time “principal”, leve o carnaval a Curitiba e consiga um triunfo diante do Paraná no sábado.
Pedro, 22 mas, graduando em Direito pela Universidade Estadual da Santa Cruz na cidade de Ilhéus.