Na quarta-feira, a TV exibiu o estado do gramado, no Estádio Eliel Martins, detonando-se inúmeras críticas à Federação Baiana de Futebol. Aparentemente, notamos injustas as críticas, porque o mundo de hoje caminha, para as soluções naturais, evadindo-se das agressões ao meio-ambiente.
Na verdade, o que se percebeu, claramente, que usaram os recursos do mundo animal, com as vacas aparando a grama e ao mesmo tempo adubando o terreno, depois de processada a digestão. O leite, para o alimento complementar do atleta. Uma excelente homenagem à natureza, como ocorreu com a substituição das antigas usinas termelétricas, para as hidrelétrica, nuclear, eólica, biomassa, maremotriz e solar.
Assim, percebemos moitas com verde intenso, decorrente de uma fotossíntese perfeita, exatamente no local que as vacas lançaram o adubo, o que iria afastar a ocorrência no Barradão. Lá apareceram, recentemente, manchas amareladas e o “psiquiatra” da agronomia (da empresa responsável) deu um preocupante diagnóstico: stress hídrico.
Esse diagnóstico gerou devaneios, sobre a espécie da grama plantada. Uns mais afoitos, pensaram: Seriam plantas carnívoras e estão carentes de determinados inimigos que há tempo não passam por lá? Outros pensaram, serão plantas sensitivas, emotivas e estão com saudade do Raimundo Viana?
Aí os menos avisados tiveram dúvidas, qual a receita? De tarja preta? Os mais românticos, de geração menos jovem, lembrando-se da aldeia hippie em Arembepe, que encantou Mick Jagger, vocalista da banda Rolling Stones, Janis Joplin e também músicos nacionais como Tim Maia, Raul Seixas, Gilberto Gil e os Novos Baianos, pensaram: Não! Plantem “cannabis sativa”, que tratarão lado a lado a ocorrência visualmente estranha, ou seja o vegetal tratando o próprio vegetal.
Sobre o stress hídrico, lembrei-me dos tempos acadêmicos, quando um professor famosíssimo já falecido e extremamente vaidoso e prolixo, nos relatou antes da aula o seguinte: “ Estava a me locomover, no veículo de minha propriedade, sob minha direção, quando, à altura de Milagres, ouvi um ruído na lateral esquerda traseira do automóvel, o que me forçou a brecar o auto e ao abrir a porta adentrando já como pedestre na BR 116, verifiquei pessoalmente que havia um pneumático que estava a esvaziar”.
Aí um agitado colega nosso reagiu: Professor, não era melhor dizer logo que o pneu furou? É o caso do “stress” hídrico. Não seria melhor dizer que faltou água? Os “doutores” esquecem, propositadamente, que o povão não cursou a sua faculdade. Não custa nada falar com objetividade e na linguagem dos leigos, pois são estes que lhes remuneram.
Quanto ao estádio Eliel Martins, ainda bem as arenas não fizeram a imitação necessária, pois hipótese contrária, a lava-jato iria constatar haver mais bois por lá do que no pantanal ou nos pampas gaúchos.
Atahualpa – amigo, parceiro, Vitória e colaborador do BLOG