O futebol brasileiro é CARO. Um produto ou serviço é CARO, não pelo preço praticado, mas sim pelo retorno que dá aos clientes. Vejamos alguns valores de camisas do futebol nacional no site da Netshoes: Camisa I Grêmio (Umbro) – R$ 299,90; Camisa I Bahia (Umbro) – R$ 249,90; Camisa Goleiro Bahia (Umbro) – R$ 139,90; Camisa I Flamengo (Adidas) – R$ 299,90; Camisa II Juventus- SP (SuperBolla) – R$ 158,67; Camisa II Santo André (Kanxa) – R$ 140,00.
Percebemos que as grandes marcas estrangeiras dominaram a “Elite” do futebol brasileiro, praticando preços bem acima das marcas nacionais. Não podemos deixar de citar o grande potencial de defasagem desses uniformes. O torcedor brasileiro adquire um uniforme hoje e não sabe até quando o clube usará aquelas cores, quando aquele atleta será negociado (aliás a maioria dos atletas que desembarcam no futebol baiano, chegam por empréstimo de 6 a 12 meses) e nem quando o patrocínio irá mudar.
No futebol Europeu as relações entre clubes e patrocinadores/fornecedores costumam ser mais duradouras e respeitar as datas de início e final de temporada. Muito diferente do que ocorre aqui, onde o consumidor não é respeitado. Sem contar que nossos uniformes são modelos criados para clubes Europeus e enviados para cá com a logo dos nossos clubes, na maioria dos casos, e de péssima qualidade se analisado o custo dos produtos.
O futebol brasileiro é CARO, sim. Pelas condições de transporte, violência nas grandes cidades, amadorismo dos dirigentes, defasagem dos treinadores e alto índice de mudanças na equipe/comissão/direção que só tendem a frustrar ainda mais o torcedor. E a desculpa de que os custos dos clubes são elevados não “cola mais”. Se os dirigentes estivessem preocupados com tais “custos” evitariam o elevado número de rescisões, investiriam melhor na base, evitariam negócios com empresários de atletas etc.
Gabriel Barreto, torcedor do Bahia e amigo do Blog.
