Agora ex-presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani foi bastante criticado pela poupa aparição durante o ano de 2023, após a venda da SAF para o Grupo City, especialmente no momento ruim da equipe durante o Campeonato Brasileiro, em que lutou do início ao fim contra o rebaixamento. Em entrevista aos canais “Sou Mais Bahia” e “Bara Bahêa”, o gestor explicou porque parou de dar entrevista e frisou que a partir do momento em que o Grupo City passou a gerir o futebol, ele entendia que a SAF precisava se constituir sozinha.
“Vou aproveitar para responder a pergunta sobre os últimos seis meses, que Guilherme sumiu, Guilherme sumiu coisa nenhuma. Eu parei de dar entrevista porque eu entendia que não era o meu papel no Pós-SAF ficar falando por aí. Gente, o presidente da associação, depois que faz um negócio daquele tamanho, ele tem que deixar SAF se constituir. Eu não tinha necessidade nem de ficar dando entrevista sobre o que eu tava trabalhando na transição, a gente passou três meses muito duros depois de 4 de maio. Tinha elementos muito arriscados na transação”.
“A SAF do Bahia, ela foi feita sem nenhum assessor. Toda a negociação foi feita por mim, por Victor Ferraz e por Marcelo Moraes, um cara que nos ajudou muito. Contratamos um escritório jurídico pra nos assessorar. Fora isso, a gente trabalhou como loucos. Quem lê o contrato da SAF fala assim, ‘meu irmão, um contrato desse aqui, pra ser feito, pra ser construído, é de uma responsabilidade absurda’. Os 100 conselheiros leram o contrato. Podia dizer assim, isso aqui, uma transação comercial podia ser feita de um jeito ou de outro, mas sobre vistas de estrutura, de segurança pro clube, não existe. Então terminou 4 de maio, eu me recolhi e falei assim, ‘tá na hora da SAF se constituir’. Quem tem que falar sobre as coisas é ela”.
“Fiquei mais de 90 dias no processo de transição, então ali até mais ou menos o começo de setembro. Eu trabalhei intensamente indo a Fonte Nova, fazendo toda a vivência ali no escritório e depois disso eu estive sempre à disposição da SAF para atuar no que for necessário, não viajei mais para jogos. Não existe, se constitui um novo poder no clube, se o antigo presidente está ali, juntinho, parecendo que quer continuar participando, a gente assinou um contrato que disse que o presidente da associação não se envolve mais no futebol. Eu tinha que executar aquilo. Inclusive na comunicação, digamos assim, Grupo City não permitiu que se fale sobre futebol”.