Estreia na Arena Fonte Nova, Bahia invicto em seus domínios, suposto time titular em campo, adversário apático em campo, esses foram os ingredientes do jogo entre o Esquadrão e Altos-PI. Após dominar o primeiro tempo e apresentar uma forma de jogo digna de aplausos, o Bahia foi pra o vestiário sem balançar as redes, já no segundo tempo a história foi outra, Hernane, Régis e João Paulo, transformaram a superioridade técnica do Bahia em gols.
Nas postagens anteriores podemos ler excelentes resumos sobre o jogo, que por sinal, até o momento foi a melhor apresentação do Bahia, todo o elenco foi bem, mostraram garra, vontade de vencer mas, quero limitar essa discussão a três jogadores. Depois dessa apresentação podemos tirar o pescoço de Hernane, Jean e Régis da forca? Podemos acreditar no time “titular” do Bahia?
Hernane sem dúvida é o jogador mais contestado do elenco, fama de brocador, artilheiro e matador, nessa temporada vem testando a paciência dos torcedores, após um jejum imenso, sem boas apresentações no ano e com uma polêmica após comemoração no gol de pênalti, convertido contra o Moto Club que irritou parte da torcida.
Acredito ser essa a redenção, AGORA VAI, é claro que o problema do Hernane não era falta de habilidade ou faro pra gol, a artilharia na temporada passada comprova isso. Via ele sem a mesma gana de balançar as redes, se escondendo atrás dos marcadores, sempre de costas pra o gol. Mas esse jogo ele se redimiu, colocou uma pulga atrás da orelha nos torcedores que pediam a titularidade de Gustavo, mostrou o oportunismo de atacante matador, além de qualidade nos passes e até dribles.
Jeanzinho era quase unanimidade, 90% dos torcedores afirmavam sua falta de confiança e/ou qualidade para defender a meta do Esquadrão, após algumas falhas cruciais, a torcida clamava a contratação de um arqueiro para assumir a titularidade.
Hoje o pombo bateu asas, mostrou que tá esbanjando confiança defendendo o pênalti com direito a rebote e dando bronca nos zagueiros, mas ainda o vejo meio volátil, faz-se necessário uma contratação de um goleiro para disputar titularidade ou ter uma válvula de escape, já que Anderson não é lá essas coisas toda.
Por fim, o Régis mostrou pra que veio e que tem qualidade e competência pra manter a titularidade e despachar Cajá pra o banco, passe refinado, tabelas rápidas, força no ataque, um mix de velocidade e criação, merece a confiança do torcedor. Acredito este, ser o início do esboço do time titular do Bahia durante as competições nacionais, agora, basta saber, será que o rodízio acaba?!
Pedro Leal, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Baiano.